A Copa do Mundo Feminina de 2027 já começa a ganhar forma no Brasil, que será sede da competição em um ano e meio. Com início marcado para 24 de junho, o torneio representa um marco histórico para o futebol feminino nacional. Desde o anúncio oficial da Fifa, os preparativos avançam dentro e fora de campo. A expectativa é de crescimento estrutural, esportivo e também cultural. O país se mobiliza para receber o maior evento da modalidade.

Coordenadora de Seleções Femininas desde 2024, Cris Gambaré tem papel central na construção desse processo. Presente no Summit de futebol feminino “Inspiração”, promovido pela Band, a dirigente falou sobre o desafio coletivo que envolve a Copa. Para ela, o sucesso do evento vai além das quatro linhas. “Eu vejo com muita responsabilidade, nós temos que ter muita dedicação”, afirmou.
Gambaré reforçou que o projeto depende da união de diferentes setores da sociedade. Governo, Fifa, empresas e torcida são peças fundamentais para transformar o Mundial em um legado duradouro. Segundo a gestora, o apoio institucional já existe, mas precisa ser ampliado. “É um trabalho que não só depende da CBF, nem de seleções”, disse, ao defender um engajamento nacional em torno do torneio.

Cris Gambaré no sorteio da Copa do Brasil. Foto: Rafael Ribeiro/CBF
Seleção Feminina vive fase positiva em 2025
Dentro de campo, o momento da Seleção Brasileira é animador. Em 2025, a equipe conquistou a Copa América e apresentou atuações consistentes contra adversárias de alto nível. Sob o comando de Arthur Elias, foram 10 vitórias em 15 partidas disputadas. O desempenho reforça a confiança no trabalho desenvolvido. Jogadoras também se destacaram individualmente em clubes do exterior.
Mirando o inédito título mundial, Cris Gambaré destacou que esse é o principal propósito da comissão técnica. O calendário intenso e as Datas Fifa são vistos como ferramentas importantes para evolução do grupo. “Esse é o maior propósito desse trabalho”, afirmou, ressaltando a dedicação diária da comissão e a clareza de ideias do treinador Arthur Elias.
A dirigente também citou sua passagem pelo Corinthians Feminino como exemplo de transformação nas arquibancadas. Sob sua gestão, o clube registrou recordes de público e maior visibilidade. Para ela, o Brasil vive um processo semelhante ao de países europeus. O crescimento do interesse é gradual, mas consistente. A Copa pode acelerar esse movimento.

Veja também
Barcelona entra na disputa com o Palmeiras por Bia Zaneratto e agita mercado
Mensagem direta para a torcida brasileira
Por fim, Cris Gambaré deixou um recado claro ao torcedor. Para ela, o respeito e a aproximação são fundamentais para fortalecer o vínculo com a Seleção. “Mulheres jogam e jogam muito bem”, destacou, apostando que a sinergia entre equipe e torcida acontecerá naturalmente até 2027.








