Evento inédito na América do Sul
Faltam exatos dois anos para a realização da Copa do Mundo Feminina de 2027, marcada para começar em 24 de junho, com a estreia da Seleção Brasileira. Pela primeira vez, o torneio será disputado em um país sul-americano. Ao todo, 32 seleções participarão do Mundial, divididas em oito grupos de quatro equipes cada. As duas melhores de cada chave avançam ao mata-mata até a grande final, agendada para 25 de julho. O formato segue o modelo consagrado da FIFA.
A Copa será realizada em oito cidades brasileiras com estádios de Copa do Mundo: Maracanã (Rio), Neo Química Arena (SP), Mané Garrincha (Brasília), Mineirão (BH), Beira-Rio (Porto Alegre), Castelão (Fortaleza), Fonte Nova (Salvador) e Arena Pernambuco (Recife). A diversidade geográfica reforça o alcance nacional do evento. As cidades-sede foram confirmadas pela FIFA em maio deste ano e servirão também para movimentar o turismo, a economia local e a valorização da infraestrutura esportiva.
A camisa 10 da Seleção, Marta, ícone do futebol mundial, falou sobre o simbolismo da Copa no Brasil. “A Copa do Mundo de 2027 da FIFA no Brasil representa um sonho, primeiro, porque é a primeira Copa do Mundo feminina da categoria adulta na América do Sul”, afirmou. A artilheira ressaltou o papel do evento na valorização da modalidade. “O mais importante para a gente é que realmente a gente possa deixar um legado muito especial, para que o futebol feminino só venha a crescer mais e mais.”

Marta durante preparação para amistoso contra França. Foto: Lívia Villas Boas/CBF
Geração forte e em evolução
Marta também destacou o momento atual da Seleção e da gestão esportiva brasileira. “Hoje a gente vê uma geração muito forte. A gente vê que as pessoas que hoje estão no comando entendem que é importante seguir evoluindo, seguir dando oportunidade a todos”, declarou. A presença do torneio no Brasil pode acelerar investimentos e abrir portas para novas atletas. A Rainha frisou que a responsabilidade vai além do campo: é preciso construir bases sólidas para o futuro do futebol feminino.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, também reforçou a importância da competição. “A marca de 2 anos para a Copa do Mundo nos traz alegria, mas é também um chamado”, afirmou. “Estamos trabalhando intensamente com a FIFA para entregar um evento de excelência, à altura do futebol brasileiro e do que nossas mulheres estão fazendo em campo mundo afora.” A entidade aposta no legado esportivo, estrutural e cultural que a Copa pode deixar para o país e para a nova geração de atletas.
Com visibilidade mundial, a Copa do Mundo de 2027 tem o potencial de mudar a história do futebol feminino no Brasil. O evento amplia a valorização das jogadoras, impulsiona a profissionalização da modalidade e atrai novos patrocinadores. Além disso, fortalece o engajamento do público com a Seleção Feminina. A expectativa é que, assim como em 2014 no masculino, os estádios estejam cheios, desta vez para celebrar as conquistas e os talentos das mulheres em campo.

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Contagem regressiva para a história
A realização da Copa em solo brasileiro promete ser um divisor de águas para o esporte feminino no país. Com o apoio de figuras como Marta, da CBF e da FIFA, o Brasil caminha para ser palco de um dos maiores eventos da história do futebol. A missão agora é manter o foco na organização, na competitividade e na mobilização da torcida. A contagem regressiva começou, e o mundo já olha para o Brasil como o centro do futebol feminino em 2027.