O baralho é a principal ferramenta do jogo de poker. No esporte da mente, é utilizado um conjunto de 52 cartas, com quatro naipes diferente (copas, ouros, espadas e paus), sendo 13 de cada segmento. Os cartões de jogo sempre produziram uma grande magia na cabeça das pessoas, talvez por isso eles tenham sido usados nos assassinatos cometidos por Alfredo Galán Sotillo, na Espanha, em 2003.

A série da Netflix "O Assassino do Baralho" traz cartas na temática (Foto: Divulgação/Netflix)
A série da Netflix "O Assassino do Baralho" traz cartas na temática (Foto: Divulgação/Netflix)

Ele é conhecido como ‘O Assassino do Baralho’, o primeiro “serial killer” daquele país europeu. A história das 6 mortes ocasionadas, podem ser conferidas na série documental com o mesmo nome que estreou na “Netflix” na sexta-feira (9). Segundo sinopse divulgada pelo catálogo de “streaming”, o assassino deixava cartas de baralho nas vítimas e só foi preso após se entregar a justiça. Ele teria servido o exército espanhol e contrabandeou uma arma vindo da Bósnia.

O baralho é uma das invenções humanas mais antigas que ainda é extremamente popular. Existem registros antigos datando a invenção de um conjunto de cartas originárias na China Medieval, com peças denominadas “Ganjifas”, que se assemelhavam no aspecto a um dominó. No livro “Copag 100 anos de Brasil”, de Ignácio de Loyola Brandão, a criação do baralho como conhecemos é atribuída ao pintor Jacques Gringonneur, a pedido de Carlos IV, soberano francês que viveu de 1368 a 1422.

(Foto: Reprodução/Pixabay)

Assim como nas mortes do “Assassino do Baralho”, historicamente algumas cartas remetem a desgraças. O Ás de espadas, por exemplo, é considerado a carta da morte. Além de ter sido fonte de inspiração para uma música da banda inglesa “Motorhead”, essa carta foi usada pelo exército norte-americano na guerra do Vietnã, intimidando os locais ao espalhar centenas delas por todo o território, determinando que ali era “terra arrasada”.

(Foto: Reprodução/Pixabay)

Os pilotos japoneses camicases também usavam nos capacetes o desenho de um ás de espadas. Eles eram responsáveis por ataques suicidas atirando aviões repletos de explosivos nos navios das tropas aliadas durante a segunda guerra mundial. No entanto, a principal origem do Ás de espadas ser a carta da morte é porque na idade média o baralho era algo da nobreza. Se algum proletariado fosse pego com cartas, elas deveriam ser falsificadas e ele acabava degolado. Até hoje, a marca de fabricação dos baralhos é impressa justamente no Ás de espadas.