Os Jogos Olímpicos de Tóquio se encerraram nos últimos dias, e o Brasil teve uma campanha gloriosa, com direito a recorde de medalhas e a 12ª colocação no quadro geral de insígnias. E reconhecendo esse triunfo do desporto de alto rendimento brasileiro, a ONG Atletas pelo Esporte publicou, em seu Instagram, nessa segunda-feira (9), uma carta aberta em que frisa que há muito a se fazer para a melhoria do fator social por meio do esporte no país.

Delegação brasileira na cerimônia de abertura dos Jogos de Tóquio. (Foto: Getty Images)
Delegação brasileira na cerimônia de abertura dos Jogos de Tóquio. (Foto: Getty Images)

“Apesar dos avanços dos últimos anos, especialmente para o alto rendimento, ainda temos muito a fazer para garantir o acesso e estimular a prática esportiva, da infância à fase adulta, para os mais de 200 milhões de brasileiros. Falta priorizar o esporte na escola, tão fundamental para contribuir com a inclusão e o desenvolvimento social do país”, pontua a ONG, que é formada por grandes nomes do desporto nacional.

O Brasil conquistou, nesta edição dos Jogos Olímpicos, 21 medalhas e ficou na 12ª colocação do quadro geral de premiações do evento, além de ter subido ao pódio com 13 das 35 modalidades em que conseguiu vaga. Porém, o grupo de desportistas cobra uma agenda que coloque o esporte em debate nas diferentes esferas de poder, de maneira mais presente (não só a cada quatro anos, quando o esporte de alto rendimento é cobrado por medalhas nas Olimpíadas, por exemplo), a ponto de caminhar, junto da educação, num projeto voltado para o desenvolvimento social.

Uma das formas de implementação dessa proposta dos atletas, que está estruturada no Plano Nacional do Desporto, é aumentar a prática esportiva nas escolas, de modo que todas passem a ter estrutura (locais apropriados, como quadras poliesportivas e equipamentos necessários) para desenvolvimento de atividades com alunos, além de aumento no tempo de prática em si, numa espécie de “combate ao sedentarismo”, implícito no texto do documento.Leia a íntegra da carta a seguir: