Gabriel Medina brilhou nas águas de Teahupo’o, no Taiti, nas Olimpíadas 2024. O brasileiro avançou às quartas de final do surfe e se vingou do japonês Kanoa Igarashi, justamente o seu algoz na semifinal de Tóquio 2020.
Além de Medina, João Chianca, o Chumbinho, também garantiu vaga às quartas de final. Curiosamente, os dois brasileiros vão se enfrentar por uma vaga à semifinal. Filipe Toledo acabou sendo eliminado da competição.
Ainda nesta segunda (29) à noite, haverá a disputa feminina com o trio brasileiro nas águas. Tatiana Weston-Webb enfrenta Caitlin Simmers, dos Estados Unidos, antes do duelo brasileiro entre Luana Silva e Tainá Hinckel.
Medina tem ‘quase 10’ e dá show
Em duelo entre dois surfistas da elite da WSL, Medina começou de maneira intensa diante de Igarashi. Depois de uma pequena onda render 2.50, o brasileiro pegou um lindo tubo e saiu acenando pedindo a nota 10. Foi quase: 9.90, a maior nota da história das Olimpíadas no surfe.
Logo depois, Medina encaixou outro tubo e recebeu 5.33. Já Kanoa mostrava dificuldades de encontrar uma onda. Gabriel aproveitou e emendou a quarta onda consecutiva: 7.40, em 15 minutos. O japonês não teve forças para reagir. O placar acabou sendo desleal: 17.40 x 6.44.
Chumbinho venceu nos instantes finais em batalha
João Chianca e Ramzi Boukhiam, do Marrocos, protagonizaram um dos melhores confrontos do surfe nas Olimpíadas. Com um mar cheio de ondas grandes, os dois tiveram um duelo até os instantes finais pela vitória na bateria.
De início, o brasileiro mostrou o seu cartão de visitas: 6.70. O marroquino respondeu na sequência com 6.33. Depois, Chumbinho engatou um tubo grande para receber 8.33. Boukhiam se manteve na cola com 7.83.
Em seguida, houve uma série de mudanças na liderança. Chianca pegou um tubo gigante marcando 9.30. O marroquino pegou carona na mesma onda e marcou 8.10, restando dez minutos para o fim. Ramzi ultrapassou o brasileiro com uma nota alta de 9.70, deixando o placar em 17.80 contra 17.63.
Faltando três minutos, Chumbinho precisava de 8.51 para assumir a ponta e fez bonito: entrou em um lindo tubo para marcar 8.80 e garantir a vitória suada. No detalhe, deu Brasil: 18.10 x 17.80.
Filipinho pegou mar difícil e deu adeus
Filipe Toledo, porém, não teve a mesma sorte de seus compatriotas. Presente na segunda bateria do dia, Filipinho encarou um mar difícil e ainda com poucas ondas disponíveis. Ele perdeu para o japonês Reo Inaba por 6,00 a 2,46.