Treinador tricolor diz que a responsabilidade pelo resultado adverso é dele, e isenta jogadores
O Bahia entrou em campo disposto a reverter a vantagem do maior rival na Fonte Nova lotada de torcedores tricolores, em busca de mais um título estadual, o que seria o 51º de sua história.
Porém, tudo foi por água abaixo com o gol de Wagner Leonardo, e mesmo com o gol de empate de Everton Ribeiro, o Bahia não conseguiu os gols que precisava para reverter a vantagem rubro-negra ser campeão baiano.
Com o título do Vitória, houve muita contestação e vaias na Fonte Nova para os jogadores tricolores por não conseguir o caneco e permitir o fim da fila do rival, que não era campeão estadual desde 2017.
O grande culpado para a torcida foi o técnico Rogério Ceni, que chegou a ser xingado de “burro” durante a partida por pedidos de entrada do meia-atacante Ademir.
Rogério Ceni se diz responsável pelo vice-campeonato
Após o jogo, o treinador do clube tricolor lamentou a perda do título e assumiu a responsabilidade pelo resultado final, ressaltando as escolhas dele e isentando os jogadores de culpa.
“Eu queria muito ser campeão, a responsabilidade é minha, as escolhas e as mudanças são minhas, então a responsabilidade é toda minha. Dos jogadores, eu só tenho elogios para fazer, convivemos horas por dias, e a forma como eles representaram o clube hoje é muito digna. Mesmo com muita dor no coração de ter perdido esse título importante para o clube”, lamentou.
Ceni ainda lamentou o fato do Vitória ter aplicado mais perigo ao gol do Bahia e ter “sofrido mais que o normal” após a expulsão de ressaltando a competitividade do time rubro-negro, que conquistou o título.
“Eu acho que hoje, com a expulsão, sofremos mais do que o normal, mesmo com muitas oportunidades de gol. Foi até um lance interpretativo, o árbitro deu sequência. E ficar com um a menos durante 70 minutos pesa um pouco em um dia como hoje. O Vitória é uma equipe muito competitiva, tem força de marcação no meio-campo. Nós tivemos boas oportunidades na soma das duas partidas, eles também. Mesmo com um homem a mais eles se postaram defensivamente e apostaram nos contra-ataques e transições para criar”, iniciou Ceni.
Ceni defende entradas de Yago Felipe e Ademir
Rogério Ceni é o culpado pelo vice-campeonato baiano?
Rogério Ceni é o culpado pelo vice-campeonato baiano?
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Em dado momento da segunda etapa, o treinador iria colocar Yago Felipe e o chamou na beira do campo. Imediatamente, os tricolores que estavam na Fonte Nova puxaram um grito de “burro” a Ceni e imediatamente pediram a entrada de Ademir no jogo.
Posteriormente, Ceni desistiu de colocar Yago Felipe, e colocou Ademir, atendendo a pedidos da torcida. Porém, apesar dos pedidos, explicou que a mudança seria dupla e que ambos entrariam:
“Na verdade iriam entrar os dois, tanto Yago quanto Ademir. Mas para arriscar um pouco mais ofensivamente, ia entrar o Yago e sair Thaciano, e o Caio [Alexandre] fez sinal de que já estava esgotado. Então eu ia botar os dois lado a lado e iria posicionar o Ademir do outro lado [esquerdo] para ter velocidade e manter o Everton ainda em campo. Como eu achei que o Thaciano aguentaria mais um pouco, eu voltei com o Thaciano para tentar manter o time um pouco mais ofensivo, botando o Ademir, mantendo o Everton Ribeiro e colocando o Thaciano como segundo volante naquele momento. E como o Thaciano suportou até o final do jogo junto com o Jean [Lucas] não houve a necessidade de colocar mais um homem de recomposição”, respondeu.
Por fim, ele explicou porque desistiu da mudança: “Eu recuei na mexida porque achei que o Thaciano estava um pouco cansado para fazer o lado, e achei que não aguentaria até o final de jogo como segundo volante. O Ademir entraria junto com o Yago naquele momento, aí eu pensei em trazer o Thaciano para dentro e apostei em um mudança mais ofensiva. Se o Thaciano cansasse, quem entraria era o Yago no meio-campo”, completou.