Hoje na liderança, o Botafogo já sofreu bastante
O Botafogo pode alcançar o tão sonhado Tri do Brasileirão após 28 anos da última conquista e a torcida do Alvinegro está eufórica com o momento da equipe. Mesmo com tropeços recentes, a Estrela Solitária segue brilhando na liderança da Série A, sete pontos na frente do vice Red Bull Bragantino. Porém, muito antes do Glorioso virar a sensação do esporte nacional em 2023, o clube carioca passou por uma época complicada.
Direto para o ano de 2014, ano em que o Alvinegro caiu para a Série B, o atacante Murilo de Souza relembrou os perrengues que viveu em General Severiano. Atualmente atleta do Gil Vicente (Portugal), com passagem pelo Braga (Portugal), Mallorca (Espanha) e outras tradicionais equipes da Europa, o ponta-direita foi entrevistado de forma exclusiva pelo Bolavip Brasil. Em conversa com a jornalista Eduarda Moreira, Murilo revelou que pessoas de dentro do Botafogo vazavam informações do clube.
Perrengues no Botafogo
“Foi um ano bem complicado, faltava muita coisa, principalmente organização e investimento. Infelizmente vazavam todas as informações do nosso dia a dia, não tínhamos proteção, tudo batia diretamente em nós. E senti na pele a realidade do clube. Eu estava com 18 anos, jogando série A, realizando um sonho de qualquer menino. Então só me importei em vestir a camiseta e dar o meu melhor. Me adaptei e virei um polivalente com o Mancini, jogando de meia ou atacante. E acho que em meio a uma temporada tão conturbada, recebi bastante reconhecimento dos torcedores na época, infelizmente não podíamos fazer mais”, revelou Murilo.
Você acha que o Botafogo vai conseguir confirmar o título do Brasileirão antes da última rodada?
Você acha que o Botafogo vai conseguir confirmar o título do Brasileirão antes da última rodada?
186 PESSOAS JÁ VOTARAM
Mesmo com a experiência de ter caído com o Botafogo, em um cenário bem diferente do que vive o líder do Brasileirão atualmente, Murilo faz questão de mostrar o carinho que cultivou pelo Alvinegro. De longe, o jogador se declara pela Estrela Solitária e fala ainda que acompanha os jogos da equipe. Mais adiante, o atacante lembrou dos bons momentos que viveu em General Severiano, como o aprendizado adquirido com Jefferson e uma situação inusitada junto de Carlos Alberto.
Mudança no clube e torcida pelo Botafogo
“Mas hoje fico feliz em ver o crescimento do clube, o torcedor merece muito e estou mesmo de longe, torcendo pelo título do glorioso. Sempre que posso, acompanho, e obviamente torço muito para o Botafogo conseguir esse título, o grupo de jogadores pelo que se vê de fora é muito unido e extremamente trabalhadores. A torcida que vem sofrendo há uns bons anos merece demais. Nesse momento acredito que a ansiedade vai tomando conta, mas sinceramente penso que é questão de tempo pra se concretizar. Posso dizer que tenham paciência e quando estiver feito que comemorem muito, pois é um dos campeonatos mais equilibrados do mundo”, declarou o atacante que hoje defende o Gil Vicente.
Situação inusitada com Carlos Alberto
“Foi uma honra conviver com esses caras, Jefferson me ajudou bastante, treinar finalização e pênaltis com ele era demais! Mas a história que me recordo é com o Carlos Alberto… fomos à BH enfrentar o Cruzeiro, que era um timaço e estava próximo do bi campeonato. Acho que com 15 minutos já estava 2×0 pra eles, mas no segundo tempo eles deram uma relaxada e descontamos no fim, busquei a bola no fundo da rede pra colocar no meio campo rápido e alguém disse pro Fábio (goleiro) ficar no chão e eu fui e ajudei ele a levantar porque ainda tínhamos os acréscimos, Carlos Alberto viu e me deu o maior esporro porque eu estava ajudando o Fábio a levantar. Eu tentei explicar, mas com o Mineirão cheio não se escutava nada e ele novamente me xingou. Fiquei furioso e mandei ele pra tudo que era lado kkkk, ele veio no meu rumo e disse que no vestiário ele ia me pegar. O arrependimento bateu óbvio kkkk. No final do jogo, não queria ir de jeito nenhum para o vestiário. Pra minha sorte ele foi sorteado pro doping kkkkk só vi ele no outro dia com o sangue frio”, lembrou o atacante ex-Botafogo.
*Entrevista feita por Eduarda Moreira e escrita por Thiago Soares