O futebol vive um dos momentos mais delicados de sua história. Devido ao surto do novo Coronavírus (COVID-19), não há previsão para que a bola volte a rolar ao redor do mundo. No Brasil, por exemplo, os jogadores tiveram suas férias antecipadas até o dia 20 deste mês, mas como ainda não será possível o retorno, foi estendida até o dia 30.
No entanto, dirigentes estudam formas de voltar, pelo menos, com os treinamentos. Nesta semana, além de decidirem por ampliar o período de férias, representantes dos principais clubes do país se reuniram (por vídeochamada) para discutir quando as atividades serão retomadas. No Rio de Janeiro, houve uma divergência de opiniões que deu o que falar.
No início,Flamengo, Botafogo eVascoestavam juntos no posicionamento de esperar um eventual aval das autoridades ao protocolo médico criado junto à Federação Carioca. Porém, analisando o cenário, o Fogão recuou e optou pela ampliação do período de afastamento. O Rubro-Negro, por sua vez, manteve os 20 dias e quer a volta dos treinos e, logo, dos jogos – o que irritouCarlos Augusto Montenegro, membro do comitê gestor do Glorioso.
“O Flamengo, que já passou por uma tragédia com os garotos, a respeito da qual foi colocado que houve uma falta de atenção, está querendo arriscar de novo a vida dos atletas? Que maluquice é essa de querer jogar? Por que o Carioca é a coisa mais importante do mundo?”, questionou Montenegro em entrevista ao O Globo.
Os treinos dos times cariocas devem voltar?
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“Se fizer isso, ele (Flamengo) está preparando uma outra tragédia. Agora, calculada. A anterior foi o acaso. Ninguém imaginava. O Flamengo deveria ser, até pelo trauma, o primeiro a defender a quarentena, mostrando que aprendeu a lição. Muito triste isso.Fico envergonhado. É uma falta de sensibilidade e respeito à vida humana”, completou.