O VAR, sigla para Video Assistant Referee – traduzido como Árbitro Assistente de Vídeo -, estará presente pela segunda vez em Mundiais. A tecnologia estreou na última Copa do Mundo, realizada na Rússia, em 2018. A discussão sobre a presença do VAR é eterna. Enquanto alguns defendem que com ele há mais “justiça”, há os que são contra, argumentando que ele faz com que se acabe a emoção no futebol.
Em tese, não haverá erros – aqueles que não forem interpretativos – nesta Copa. Os mais grosseiros, serão revistos. Em Mundiais antigos – 2014 para trás – isso não acontecia. De fato, houve erros históricos, como “La Mano de Dios” de Maradona, na Copa de 1986, contra a Inglaterra, o pênalti não marcado em Zico, na fatídica eliminação para a Itália em 1982, a expulsão de Totti no Mundial de 2002, quando claramente ele sofreu uma penalidade, o gol validado de Geoff Hurst, na final do Mundial de 1966 para a Inglaterra, contra a Alemanha. Na ocasião, a bola bateu na trave, quicou na linha e saiu.
Muricy Ramalho uma vez disse que “a bola pune”. Realmente, os ingleses foram punidos 44 anos depois. O “English Team” disputava contra a mesma Alemanha, uma vaga nas quartas-de-final da Copa do Mundo de 2010. Na ocasião, os alemães venciam por 2 a 1, porém, Frank Lampard acertou um belo chute, a bola bateu no travessão, atravessou a linha do gol e entrou. Manuel Neuer a pegou de dentro do gol e saiu jogando, enquanto os jogadores ingleses comemoravam. A arbitragem não validou, mas a bola tinha entrado, e por muito!
Na sequência, a partida terminou 4 a 1 para os alemães, que só foram eliminados na semifinal, para a Espanha que terminou campeã. A partida ficaria 2 a 2 se o gol do camisa 8 fosse validado, podendo ter um rumo totalmente diferente. Neste dia, e em todos os outros citados, a ausência da tecnologia atrapalhou todas essas seleções. Lampard até hoje dá entrevistas sobre esse lance.
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A favor ou contra a tecnologia é fato que com a presença do VAR, algumas Copas do Mundo poderiam ter tido uma história diferente. Talvez até algumas seleções tivessem mais ou menos títulos do que possuem hoje. No Qatar, as 32 seleções irão disputar suas partidas com a presença do Árbitro de Vídeo. Mesmo com ele, ainda acontecem erros. No entanto, o que se espera é que haja o mínimo de erros possíveis neste Mundial.
