El Muñeco, ídolo argentino e técnico mais vitorioso da história do River Plate

Existem jogadores que marcam completamente a história dos clubes e se tem um atleta que fez história é Marcelo Gallardo, que é um dos grandes ídolos da história do River Plate. O ex meio-campista e técnico argentino completa 46 anos nesta terça-feira (18). Por isso, vale relembrar um pouco da marcante trajetória do Hermano e como ele se tornou um dos heróis do River Plate.

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Marcelo Daniel Gallardo nasceu em Merlo, cidade da Argentina, localizada na província de Buenos Aires. Começou sua carreira de jogador justamente no River Plate, na temporada 1992/93. Na equipe venceu três Torneios Apertura (93, 94 e 96), um Torneio Clausura (1997) e uma Copa Libertadores em 1996. Em sua primeira passagem pelo clube teve uma atuação destacada na temporada 1998/99.

El Muñeco, como ficou conhecido, acabou sendo transferido para o Monaco, onde teve sua primeira experiência no futebol europeu. O brilhante meio-campista provou seu valor, se tornando um dos craques da equipe. Em sua primeira temporada Gallardo atuou em 28 partidas e marcou 8 gols. Na temporada seguinte conquistou com o Monaco o seu primeiro título da Ligue 1, e da Supercopa da França. Além disso, ainda conquistou o título de melhor jogador do ano na Liga Francesa. O sucesso não se repetiu na terceira temporada, o jogador passou boa parte da temporada 2000/01 no banco e, descontente com o treinador Didier Deschamps, acabou deixando o clube francês depois de atuar em 127 partidas e marcar 23 gols.

Após deixar o Monaco, Gallardo retornou ao River Plate e desta vez assumiu a braçadeira de capitão do clube argentino, conduzindo a equipe na conquista do torneio Clausura em 2004, seguindo com o time até o fim da temporada 2005/06, quando partiu em mais um desafio na Europa. O craque fechou com o Paris Saint-Germain por dois anos, estreando na vitória da equipe por 3×0 em cima do Nîmes, pela Copa da França. O jogador ainda teve uma passagem em 2008 pelo DC United, conquistado o US Open Cup daquele ano. Em 2009 voltou ao River, mas em 2010 se despediu mais uma vez dos Millonarios, seguindo para o Nacional, do Uruguai, equipe onde encerrou sua carreira como jogador. Vale destacar que foi no clube uruguaio que Gallardo sofreu uma grave lesão no joelho direito que o deixou fora de campo por cinco meses, porém com a equipe o atleta ainda conquistou o Campeonato Uruguaio, antes de se aposentar.

Foi no Nacional também onde Gallardo iniciou sua trajetória como treinador, sendo anunciado como comandante da equipe uruguaia em 29 de junho de 2011. No mesmo ano, obteve o seu primeiro título no Campeonato Uruguaio, repetindo a proeza na temporada seguinte. Porém, após o segundo título com a equipe, o treinador informou que deixaria o Nacional por questões familiares.

Mas foi em 2014 que Gallardo iria entrar para a história como treinador. O argentino voltou ao clube que o revelou, desta vez como comandante técnico e o vínculo foi tão bem sucedido que Muñeco permanece com a equipe até hoje. Em 11 de janeiro de 2015, o treinador conquistou com a equipe Recopa Sul-Americana, em 26 de março do mesmo ano conquistou a 1ª edição da Supercopa Euroamericana e, para fechar a temporada com chave de ouro, o River ainda faturou a Copa Libertadores da América no dia 06 de agosto. Gallardo foi o quinto argentino a vencer a Libertadores como treinador e como jogador, ele está empatado com Ramón Díaz no posto de técnico mais vitorioso da história do River.

O amor por Gallardo é tão grande que a torcida doou peças de bronze para que fosse construída uma gigantesca estátua de sete metros e quase seis toneladas de bronze para homenagear o ídolo. A estátua foi feita em molde de gesso e preenchida com bronze, pela escultora Mercedes Savall e foi montada na entrada do Monumental de Nuñez junto à de Ángel Labruna (outro grande nome da história do River). Carlos Trillo foi o idealizador do projeto da estátua.

No ano passado o treinador foi cogitado para assumir o Flamengo, porém Gallardo assinou com o River por mais uma temporada. Em entrevista à TyC Sports, ele afirmou que apesar do vínculo curto está feliz no River Plate, mas que prefere “o estímulo curto antes de me investir num processo longo”. “Minha decisão foi tomada com felicidade, um fator muito sentimental, e também pela resposta que vi nos meus jogadores. Foi uma combinação das coisas. Estou contente com a decisão que tomei”, afirmou.