Após deixar o cargo de diretor do Internacional, há quase um mês, depois de ser demitido, Paulo Bracks falou pela primeira vez sobre sua saída do Colorado. O dirigente concedeu uma entrevista exclusiva para o GE, através da jornalista Gabriela Moreira. Na conversa, ele comentou sobre os problemas e dificuldades que enfrentou na equipe. 

Foto: Ricardo Duarte / Flickr Internacional - Bracks revelou bastidores de sua passagem na equipe gaúcha
Foto: Ricardo Duarte / Flickr Internacional - Bracks revelou bastidores de sua passagem na equipe gaúcha

Paulo iniciou a entrevista com a jornalista Gabriela Moreira, revelando que com o tempo situações virão à tona sobre sua passagem no time gaúcho. “É o tempo que vai mostrar. Não vou falar agora. Mas a leitura que eu quis dizer com isso é que se tem uma leitura, às vezes, turva da realidade. Eu leio muito agora, com a minha saída, de justificativas ou de análises, de impressões de trabalho completamente equivocadas”.  

“Acredito que o tempo vai mostrar porque as pessoas têm, e eu não estou rotulando ninguém, mas as pessoas rotulam os outros, principalmente rotulam no fracasso desportivo, rotulam numa decisão de demissão ou numa decisão de saída voluntária”, completou o ex-diretor do Inter.  

Bracks deveria ter saído do Inter?

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“De alguns rótulos que me colocaram teve um que me incomodou que foi referente a contratações, que é uma das funções do executivo. O executivo não é um contratador de jogadores. Contratar é muito fácil, você escolhe o jogador, negocia com o empresário do atleta independentemente do valor que ele pediu, você aceita, faz o contrato, manda para o jurídico, apresenta o atleta e manda a conta para o financeiro”, avaliou o dirigente sobre os rótulos que recebeu durante o período que esteve no Colorado. 

Ao GE, Bracks encerrou sua fala destacando que sempre teve cuidado com a situação financeira do time. “A questão não é nem o financeiro, eu mesmo pisava no freio. Quando era um salário mais alto, um salário que passasse do teto, porque a gente estabeleceu um teto aqui, e quando passava desse teto a gente não fazia o negócio. Isso era fruto da austeridade financeira. A gente poderia ter contratado vários jogadores”