Morreu na tarde desta segunda-feira (25), Oswaldo Alvarez, o Vadão, ex-técnico da Seleção Brasileira feminina de futebol e com passagens por São Paulo, Corinthians, Guarani, Ponte Preta, entre outros. Aos 63 anos, o ex-comandante lutava contra um câncer no fígado e estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde a semana retrasada.

Com passagem pela Seleção feminina, Vadão morre aos 63 anos
Com passagem pela Seleção feminina, Vadão morre aos 63 anos

No início dos anos 1970, Vadão tentou realizar o sonho de ser jogador de futebol. O então jogador teve passagens na equipe juvenil do Guarani e no Botafogo, de Ribeirão Preto. Já no profissional, acumulou atuações porPaulista, de Jundiaí, Capivariano e Velo Clube, porém sem o mesmo sucesso que teve quandotreinador, anos mais tarde.

O profissional teve sua imagem ligada ao interior paulista, com passagens importantes pelo Mogi Mirim, onde revelou Rivaldo e também ganhou destaque por montar o “Carrossel Caipira. O veterano também era chamado de “Mister Dérbi” por nunca ter perdido um clássico disputado na cidade de Campinas. E vale lembrar que Vadão teve o privilégio de treinar tanto o Guarani quanto a Ponte Preta.

No Bugre, Vadão foi o terceiro treinador que mais dirigiu o time na história. Foram 204 jogos em cinco passagens (1995, 1997-98, 2009-10, 2012 e 2017), com campanhas marcantes, como o acesso na Série B em 2009 e o vice-campeonato paulista de 2012, quando foi eleito o melhor treinador do torneio. Na ocasião, o Guarani eliminou o Palmeiras e a Ponte Preta antes de chegar àdecisão contra o Santos.

Já pela Macaca, o ex-comandante teve quatro passagens (2001-2002, 2005, 2006 e 2014). No Brasileirão de 2005, chegou a levar o Alvinegro à liderança antes de aceitar uma proposta do Tokyo Verdy, do Japão. Foi a sua única experiência internacional.

Vadão faleceu na tarde desta segunda-feira (25), aos 63 anos. Foto: Getty Images

No entanto, foi dirigindo a Seleção Brasileira feminina que Vadão ganhou repercussão mundial. Após receber o convite da CBF, prontamente aceitou o desafio. Durante 2 anos e 7 meses do seu primeiro desafio à frente das mulheres do país, colecionou sete títulos:Copa América 2014, Torneio Internacional de Futebol Feminino 2014, Campeonato Internacional de Futebol Feminino de 2015, Jogos Pan-Americanos de 2015, além do quarto lugar nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. Neste ano, também foi escolhido pela FIFA o sexto melhor treinador do mundo de um time feminino.

Já na segunda passagem à frente da Seleção, a duração foi bem menor que a anterior. Vadão ficou no comando técnico por apenas 1 ano e 11 meses, mas não passou em branco. O veterano conquistou o Torneio Internacional de Futebol Feminino (China), em 2017, e a Copa América, em 2018.

A demissão do treinador ocorreu em julho de 2019, um mês depois da Seleção Brasileira ser derrotada pela França na Copa do Mundo. Desde então, estava no mercado à procura de um novo time.Além dos clubes mencionados no texto, Vadão acumulou passagens por XV de Piracicaba, Vitória, Criciúma, Bahia, Sport e Goiás.