O ex-atleta de futebol Robson de Souza, mais conhecido como Robinho, pode sofrer uma reviravolta jurídica nos próximos meses. Isso porque o esportista pode deixar a prisão domiciliar na cidade de Santos, cumprida após ser condenado por violência sexual enquanto trabalhava em Milão, na Itália. O futuro do homem de 38 anos passa a ser monitorado pelo Ministério da Justiça do Brasil, que sob a liderança do político e advogado Flavio Dino, deve reconsiderar um pedido do país onde houve a ação criminosa.
Autoridades italianas já pediam a extradição de Robson de Souza, porém, as leis brasileiras protegem o rapaz de uma ação como essa. O que o ministro reconsiderou nesta quarta-feira (18), em entrevista à rádio BandNews, é que mesmo o jogador de futebol permanecendo em seu país de origem, o cumprimento da pena pode ser efetuado em cárcere, diferente da forma como o caso vinha sendo tratado.
“Esse é um tema que inicialmente tramita pelo Ministério da Justiça e nós temos a Secretaria Nacional de Justiça, que é o órgão central de cooperação jurídica de relação internacional, que faz esse processamento. O exame definitivo compete a questões jurídicas, não são questões políticas. A própria Constituição brasileira proíbe a extradição de cidadãos brasileiros natos”, ponderou Flavio Dino.
Robinho deve cumprir a pena no Brasil?
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Apesar da Justiça Brasileira ainda não ter avançado na intenção de colocar Robinho na cadeia, a ação pode começar a ser feita em breve. O ministro Flavio Dino admitiu que o caso específico do ex-atleta ainda não entrou na pauta do governo devido a outras obrigações inesperadas, mas que Robson, para ele, deve ser punido.
“Mas, agora pode, em tese, haver esse cumprimento de pena, mas isso precisa ser examinado e isso efetivamente tramitar. Efetivamente isso não chegou e não posso dizer ainda minha opinião, mas evidentemente, posso afirmar que a minha visão geral é de que crimes, quaisquer que sejam eles, devem ser punidos. Mas, a aplicabilidade de um caso complexo como esse só pode ser feita depois que houver toda a tramitação”, completou o ministro da Justiça.