Em tempos de pandemia, os clubes tentam achar uma solução para que não fiquem ainda mais no vermelho. Muitos times que perderam verbas de TV, bilheteria e receita da federação, estão encontrando dificuldades para viver o dia a dia, cogitando vender jogadores para ganhar fôlego no caixa.
Em 2019, o São Paulo terminou com uma das maiores dívidas de sua história, o que certamente não irá melhorar dado o cenário atual de paralisação. Para isso, Leco e companhia já pretendem vender algumas jóias da base para tentar aliviar um pouco o fluxo de caixa do tricampeão mundial. Porém, a diretoria agora esquece um pouco esse assunto e tenta correr contra o tempo para não perder uma grande promessa de Cotia que está avaliada em 40 milhões de euros (cerca 240 milhões de reais): o zagueiro Lucas Fasson.
De acordo com a equipe de reportagem do Globoesporte.com, o Barcelona tem interesse em contratar o jogador para o time B, motivo pelo qual o jogador pede a rescisão unilateral de seu contrato junto ao clube Paulista, via CBF. Membros do Soberano já avisaram que não vão permitir a quebra de vínculo e afirmaram aos clubes europeus que a instituição só liberará o atleta em caso de pagamento integral da multa rescisória.
Em contrapartida, a maioria dos clubes europeus com quem o São Paulo conversou respondeu aos dirigentes do Tricolor Paulista que não existe nenhum interesse no jovem zagueiro até aqui. Os times do Velho Continente com quem o clube debateu sobre uma possível venda também afirmaram que se tivessem interesse, certamente avisariam a alta cúpula do clube.
Ainda de acordo com a reportagem, Fasson alega na notificação ao São Paulo ter assinado o atual vínculo de quatro temporadas (de julho de 2017 a junho de 2021) antes de fazer 18 anos e ter uma proposta de um clube do exterior. A CLT e a Lei Pelé permitem que clubes brasileiros façam contrato de trabalho por cinco anos com atletas menores de 18 anos. O regulamento da CBF diz isso, mas também afirma que em casos de litígio submetidos à Fifa serão considerados os três primeiros anos de vínculo.
O São Paulo, no entanto, entende que a CBF é a entidade para decidir o assunto por se tratar de uma questão nacional, entre clube e jogador brasileiros. Por isso, o clube não vê a Fifa, responsável por casos internacionais, como entidade competente para essa questão.