Guilherme Bellintani vem sendo alvo de fortes críticas por boa parte dos torcedores dentro e fora das arquibancadas, protestos sendo feito nas redes sociais, inclusive o presidente do Esporte Clube Bahia vem sendo alvo também de uma solicitação de impeachment. E durante a entrevista de apresentação do novo diretor de futebol do Clube, Eduardo Freeland, o mandatário comentou o assunto.
Um dos fatores que motivaram os protestos contra o presidente do clube foram os resultados negativos do Esquadrão que hoje está na briga para não entrar na zona de rebaixamento do Campeonato Baiano. Atualmente a equipe ocupa, a sétima colocação com seis pontos, mesma pontuação da Juazeirense que abre o Z-2 e está com apenas dois pontos a mais que o Conquista que tem quatro pontos conquistados e é o lanterna do Estadual.
“Eu vi o Bahia numa luta profunda pela democracia. Profunda. E eu participei dessa luta em 2013”, afirmou Bellintani antes de completar: “Eu podia, pela substância jurídica do pleito [de impeachment], até simplesmente desconsiderar. Porque não tem fundamento jurídico nenhum. Mas eu fiquei chocado com a visão que as pessoas têm, algumas pessoas, da democracia do clube. Engraçado, quando a gente olha a experiência do futebol brasileiro e a gente vê os clubes que trocaram de presidentes a partir das crises. Foram para onde? Estão onde hoje? A gente tem um exemplo aqui do lado, o nosso rival, Vitória, que teve, salvo engano, cinco presidentes em dois ou três anos, não sei. E foi para onde? O Sport, nosso coirmão aqui do Nordeste, passou e ainda passa por isso. Renúncia, impeachment. Isso é uma resposta vazia para um grande desafio que nós temos que é de enfrentar crise. Então, o meu papel nessa história é de, primeiro, resguardar o estatuto do clube.” .
Sem conquistar bons resultados em campo o técnico Guto Ferreira também vive sob pressão, e o presidente avaliou o trabalho do treinador. “Por isso que eu digo que Guto, que já mostrou a capacidade que tem em vários momentos… Por exemplo, ficou sete jogos sem tomar gols na Série A do ano passado. Ele tem uma missão, e sabe disso, está aqui pela competência dele, tem uma missão de, por exemplo, arrumar um pouco mais para que a gente não tome gol, como tomamos três gol do Sport naquele momento com tanta facilidade. Os atletas também têm a necessidade de se doar um pouquinho mais. Dentro do clube, cada um do staff tem uma missão de melhorar, seja o ambiente, que já é bom, mas precisamos melhorar, ou de melhorar o seu trabalho propriamente dito”.
Bellintani defendeu o currículo de Guto e justificou a manutenção do treinador no comando da equipe. “Futebol muda muito de circunstância de semana para semana. O que eu posso te responder é com análise que temos feito. Se nós tivéssemos um treinador aqui, hoje, e ele fosse demitido, nós procuraríamos Guto Ferreira para assumir o Bahia. Dito isso, preciso sempre considerar isso para qualquer decisão que eu tome. Porque, se ele é um cara especialista em Série B, além de ser um treinador de nível Série A, conhece a história do clube, temos uma relação de profundo respeito, um trabalho que a gente vê acontecendo. Qualquer pensamento de desligamento de um treinador, eu tenho que pensar quem eu traria no lugar. Eu traria Guto Ferreira se eu demitisse um treinador do Bahia hoje. Então isso passa sempre pela minha cabeça “, concluiu.