Revelado nas categorias de base do Flamengo, o lateral-esquerdo Jorge deixou o clube no final de 2016 e foi defender o Mônaco, da França, onde ficou por duas temporadas antes de retornar ao Brasil, por empréstimo, para defender o Santos. As boas atuações do ala enquanto defendeu o Mais Querido não só fizeram com que o técnico Tite, da Seleção Brasileira, o convocasse para alguns amistosos, como também fizeram com que a maior torcida do Brasil sentisse sua falta. O atleta de 24 anos revelou que teria receio de como seria recebido caso um dia retornasse ao futebol brasileiro e tivesse que enfrentar o Mengão.
Na última quarta-feira (27), em entrevista ao canal “Zico 10”, Jorge contou como foi enfrentar o Flamengo pela primeira vez desde sua saída do clube. A partida foi realizada justamente no Maracanã, pela última rodada do primeiro turno do Campeonato Brasileiro (19ª rodada), e foi vencida pelo Rubro-Negro por 1 a 0. Na ocasião, o time carioca e o Peixe duelavam ponto a ponto pela liderança do campeonato. Durante o jogo, o lateral-esquerdo confessou que ficou surpreso por não ter sido vaiado. No final do jogo, o jogador recebeu pedidos para voltar ao time ao time do coração, e ficou feliz por ter esse reconhecimento por parte dos fanáticos flamenguistas.
“Quando voltei para o Brasil, enfrentar o Flamengo no Maracanã foi uma sensação incrível. Sabendo que estou enfrentando o clube que me formou. No momento eu pensei: ‘Será que se eu fizer um gol eu comemoro? Será que vão me vaiar durante o jogo?’ O que me surpreendeu foi que o torcedor flamenguista demonstrou todo o carinho que sempre teve por mim quando estava no clube. Não me vaiou, xingou nem me criticou. No final do jogo, quando passa pelo túnel pediram minha camisa, pediram para voltar… Isso foi uma sensação incrível”, declarou.
“Depois do primeiro gol (me senti titular). Tava sentindo na pele o que era o Flamengo de verdade. Consegui o objetivo de ir para a seleção brasileira e fiquei feliz de ser escolhido o melhor da posição de 2016 do Brasileiro. Foi uma dor sair pro Flamengo. Me criou desde pequeno, fui muito feliz ali dentro. Sou muito grato até hoje. Depois que fui vendido, disse que estaria sempre na torcida, porque é um grande clube e que eu criei um amor incrível”, acrescentou.
Jorge foi eleito não só o melhor lateral-esquerdo do Brasileirão daquele ano, desbancado outros destaques como Zeca e Zé Roberto, como também foi considerado um dos destaques da equipe do Fla naquela temporada. Disputou 55 jogos e anotou quatro gols, sendo vendido ao Mônaco, da França na época por € 7 milhões (cerca de R$ 28 milhões na época).
