Sincronia, escuta e criatividade como pilares de desempenho
A comissão técnica da Seleção Brasileira promoveu uma experiência singular para o grupo feminino em preparação para a Copa América. Com o projeto “Integrar e Conectar”, jogadoras participaram de dinâmicas envolvendo regência coral, percussão corporal e improvisação coletiva.
“Essas práticas ativam os mesmos circuitos cerebrais que usamos no futebol”, explicou Nayana Torres, especialista responsável pela atividade. A proposta artística visou aprimorar atributos essenciais para o futebol: percepção de tempo, ritmo coletivo e tomada de decisões rápidas.
“Quando um time pulsa junto no ritmo, no passe ou na criação, ele se torna mais coeso e pronto para os desafios do jogo”, afirmou Torres. As dinâmicas foram realizadas em grupo, estimulando a escuta ativa, a conexão sensível entre atletas e o fortalecimento da unidade tática e emocional.
“Nos conectamos de um jeito diferente”, diz Isa Haas
Além do impacto técnico, as atividades artísticas também promoveram autoconhecimento e colaboração. Segundo Torres, “a regência coral conduz e harmoniza, enquanto a percussão corporal promove consciência rítmica e integração física”.
A improvisação, por sua vez, permitiu às atletas expressarem espontaneidade e criatividade, qualidades fundamentais para a tomada de decisões em campo com liberdade e intuição. A zagueira Isa Haas foi uma das jogadoras que mais se envolveu na vivência e destacou a importância emocional da experiência.
“Acho que a gente se conectou muito bem. É muito importante termos esses momentos de descontração, de muita risada também, mas de conexão”, disse. Para ela, o exercício fortaleceu o senso coletivo da equipe: “É de uma ajudar a outra, de um diálogo sem ser verbal. Acho que o próprio olhar.”
Conexão dentro e fora de campo como diferencial competitivo
O projeto “Integrar e Conectar” reforça a proposta de uma Seleção que vai além do campo. A comissão técnica acredita que esse tipo de iniciativa fortalece laços emocionais e amplia a inteligência coletiva do grupo. A expectativa é de que, com a sintonia aguçada por essas vivências, a Amarelinha entre mais unida, leve e preparada para enfrentar os desafios da Copa América e, futuramente, da Copa do Mundo.