Pressão é intensa

Liam Lawson, piloto da Red Bull, revelou recentemente a pressão intensa que enfrentou desde sua entrada na Fórmula 1.

Liam Lawson no GP de Singapura (2024)
© IMAGO/NurPhotoLiam Lawson no GP de Singapura (2024)

Durante uma entrevista, o jovem admitiu que o ambiente na equipe pode ser cruel, especialmente com as cobranças diárias vindas diretamente de Helmut Marko, consultor esportivo da Red Bull, que já chegou a ligar para ele às 6h da manhã.

“Então, você passa a ter a Red Bull e o Helmut Marko colocando pressão sobre você. Isso foi algo com o qual realmente tive dificuldade de lidar. Para ser honesto, tem sido assim desde então. Essas ligações são um lembrete constante de que preciso mostrar resultado o tempo todo.”, afirmou Lawson.

“Normalmente, é uma ligação às 6 horas da manhã ou algo assim, dizendo: ‘Você precisa melhorar sua performance. No próximo fim de semana, se não for melhor, terá problemas. Precisa ganhar corridas.’ E, se você não tiver boas corridas, é comum ouvir: ‘Se isso continuar, você não terá futuro na equipe.”, revelou Liam.

RB tem abordagem rígida

Lawson reconhece que essa abordagem rígida não é incomum na equipe, conhecida por sua impaciência com pilotos que não atendem às expectativas.

“Honestamente, acho que a parte mais difícil é quando você é muito jovem. Para mim, foi dos 16 aos 17 anos, meu primeiro ano com a Red Bull. Eu deixei de ser alguém sem academia, apenas com meus amigos da Nova Zelândia, que me ajudaram a chegar até aquele ponto.”, disse Lawson em entrevista ao podcast F1 Nation.

Liam Lawson no GP da Holanda (IMAGO / NurPhoto)

 A Red Bull, ao longo dos anos, demitiu ou rebaixou vários talentos de sua academia em busca de desempenhos imediatos. Um exemplo recente foi a saída de Daniel Ricciardo, que perdeu espaço na equipe principal, culminando em uma possível aposentadoria do australiano na F1.

Pressão o ajudou a melhorar

Lawson acredita que a pressão exercida desde jovem o preparou para lidar melhor com os desafios de ser piloto de Fórmula 1. 

“É muito cruel, mas, sinceramente, sou muito grato por ter passado por isso com Helmut, porque agora estou prestes a entrar na Fórmula 1. E há muita pressão ao subir para a F1. Se não tivesse enfrentado essa pressão desde cedo, acho que não teria conseguido entrar na temporada tão tarde.”, finalizou Lawson.