Em vídeo publicado pela jornalista Isabelle Costa, na saída do intervalo da vitória do Fluminense por 1 a 0 sobre o Flamengo, aconteceu uma cena curiosa e um tanto quanto polêmica: o possível caso de racismo contra o atacante Gabigol, enquanto era provocado por torcedores do Tricolor das Laranjeiras.
O Flu publicou uma nota sobre o fato. Confira na íntegra:
“O Fluminense informa que está apurando o episódio em que um torcedor supostamente teria dirigido palavras racistas ao atacante Gabriel Barbosa, ao final da partida deste domingo. O próprio autor da divulgação do vídeo diz que teve a impressão, sem certeza, de ter ouvido as supostas ofensas, e, neste sentido, o Fluminense informa que está buscando as imagens do estádio a fim de auxiliar na apuração da existência ou não do fato e na identificação de eventual autoria. O clube reitera que considera intolerável qualquer tipo de preconceito e se orgulha de manter como lema o ‘Time de Todos’, de respeito ao próximo, independentemente de raça, gênero, credo ou orientação sexual.”
Durante o Redação SporTV desta segunda-feira (7), o jornalista Luiz Teixeira criticou o comunicado publicado pelo clube carioca: “Se o presidente fosse negro, dificilmente (a nota) seria publicada”, pontuou o comunicador.
“Passou da hora de ficarmos com discurso de lamentação, com nota de repúdio, e partir para a ação. Primeiro de ocupação de espaço. Se você não estiver com ninguém que passe por isso (racismo) em posições de liderança, vamos viver essa roda gigante para sempre”, acrescentou Luiz Teixeira.
O áudio da polêmica é conclusivo?
O áudio da polêmica é conclusivo?
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Por telefone, o presidente Mário Bittencourt pediu a palavra e contestou a posição de Teixeira: “Essa frase de um dos colegas de vocês é tão ou mais discriminatória do que o que supostamente possa ter ocorrido ontem. Digo isso porque está fazendo juízo de valor de mim, da minha família. Minha esposa e a família da minha esposa são de origem negra e indígena. Então minha própria esposa já foi vítima de situações muito duras na rua com uma das nossas filhas”, rebateu o mandatário.
Vítima das provocações, Gabigol se posicionou nas redes sociais, na noite do último domingo (6): “Até quando? Até quando isso vai acontecer sem punição? Jamais vou me calar, é inadmissível que passemos por isso!! Orgulho da minha raça, orgulho da minha cor”, escreveu o camisa 9 no pós-jogo entre Flamengo e Fluminense.