Um dos grandes problemas do coronavírus é o alto grau de mutabilidade do componente. Desde que a pandemia foi instaurada, cientistas estão monitorando as mutações e todas as variações geradas. Algumas possuem potencial de contaminação maior, enquanto outras potencializam os efeitos do sintomas.

Equipe estudava o potencial de vírus zoonóticos nos roedores da cidade
© Pixabay/sibyaEquipe estudava o potencial de vírus zoonóticos nos roedores da cidade

Nesta semana, pesquisadores suecos descobriram um novo vírus que engloba a família betacoronavírus, no qual também pertence o Sars-CoV, Mers e o Sars-CoV-2. Os profissionais analisaram certa de 450 ratazanas da espécie Myodes glareolus capturadas na cidade de Grimso. Ao todo, os especialistas detectaram a presença do contaminante em 3,4% dos animais observados.

Ainda não existem estudos concretos sobre a transmissão do coronavírus por animais (Pixabay/alexas-fotos)

O objetivo inicial da equipe era mapear vírus zoonóticos, capazes de transmitir doenças de animais para humanos. Para isso, eles estudavam a interação entre microorganismos e animais hospedeiros. O grupo faz parte da Zoonosis Science Center da Universidade de Uppsala, e tem como líder o acadêmico, Ake Lundkvist.

Ainda não sabemos quais ameaças potenciais o vírus Grimsö pode representar para a saúde pública. No entanto, com base em nossas observações e coronavírus anteriores identificados entre ratazanas de banco, há boas razões para continuar monitorando o coronavírus entre roedores selvagens”, disse Lundkvist em estudo publicado na revista científica Viruses, no último dia 1°.