O futebol brasileiro tomou um susto no início desta semana com o caso de violência contra o meia Luan, do Corinthians. Contratado em 2020 junto ao Grêmio, o atleta não conseguiu cumprir com a expectativa criada pela Fiel em cima do seu desempenho. Entretanto, a forma como o profissional passou a ser hostilizado fugiu do controle e culminou em um crime nesta última terça-feira (4). O que ninguém esperava era que Luan fosse chamado a depor por causa de uma arma de fogo.

Foto:Heber Gomes/Agif –  Luan teria sofrido ameaças graves
Foto:Heber Gomes/Agif – Luan teria sofrido ameaças graves

Luan é chamado na polícia

Segundo o delegado Daniel José Orsomarzo, do Drade-Dope, uma arma foi descoberta com os sete sujeitos que espancaram Luan. A investigação mudou de rumo imediatamente e existem chances do caso ser tratado como uma possível tentativa de homicídio. Em entrevista nesta quarta-feira (5), a autoridade que cuida do caso revelou que tanto Luan, quanto os amigos, devem ser ouvidos.

“Há um registro formal de que haveria arma de fogo no motel. Então, diante deste contexto, o panorama muda, e agora saímos de uma ação pública condicionada a representação e partimos para uma ação pública incondicionada onde o delegado atua de ofício. Ou seja, o inquérito já foi instaurado. Estamos intimando os amigos, vamos intimar o pessoal do motel, vamos inclusive notificar os policias militares que estiveram lá para explicar como foi a ocorrência. Precisamos saber mais dessa arma e o que aconteceu. Até o momento, a gente não tinha nada’‘, explicou Daniel José Orsomarzo.

Mais adiante, Daniel José Orsomarzo falou mais sobre a participação de Luan na investigação. O delegado explicou que o jogador não compareceu à primeira convocação da polícia de Barueri, o que pode representar, dentre algumas possibilidades, um cenário de medo do profissional do futebol. Garantindo a segurança do atleta, o delegado deixou evidente a importância do depoimento de Luan.

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Luan é chamado para depor

“Sim, parece que houve ameaça de morte, inclusive para ele (Luan) sair do clube, com emprego de arma de fogo. E agora já estamos indo ao motel para saber se realmente houve isso. O primeiro passo é intimar as pessoas que registraram o boletim. Entraremos em contato com o jogador (Luan) e sua assessoria para apresentá-lo na delegacia. Até o presente momento, não tenho esse relato deles. O jogador (Luan) não veio à delegacia e também não compareceu em Barueri. Foram os amigos dele. Isso pode significar que não tem interesse em prosseguir ou então está com medo. Mas isso ele pode ficar sossegado, estamos à disposição dele”, revelou o delegado do Drade-Dope.