É fato que um dos principais assuntos dentro do Corinthians em um período recente foi a saída conturbada e polêmica do treinador português Vítor Pereira. Além da maneira como ele deixou o Alvinegro do Parque São Jorge, a sua própria passagem no Clube foi marcada por situações negativas envolvendo algumas peças badaladas do elenco do Timão e o comandante português. Em entrevista para a ESPN, Fágner, um dos medalhões que se envolveu em polêmica com VP, voltou a falar sobre o técnico.
“Eu acho tudo (diferente). Sinceramente, tudo. É o dia a dia. As instruções. A maneira de lidar, olho no olho. Foi muito difícil. Não só comigo, acho que com todo mundo. Desde que eu cheguei ao Corinthians, a gente sempre teve um ambiente muito bom. E no ano passado… A gente conseguiu ainda chegar em finais, poderia até ter ido melhor noCampeonato Brasileiro. Mas são coisas que às vezes fogem, né, você tem que obedecer”, iniciou o lateral.
“Não é que faltava diálogo. São coisas que não condiziam com aquilo que ele pedia. Um exemplo: que ele fez mesmo na troca de um clube para outro. Isso aí já mostra um pouco do que você pode esperar daquela pessoa. Eu não posso te falar uma coisa aqui e chegar ali nas suas costas e falar outra”, completou Fágner.
Perder o VP foi bom para o Timão?
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O medalhão ainda fez questão de relembrar um ocorrido que desgastou a relação do elenco com o treinador português. Ele citou uma passagem em que após um resultado negativo, o ex-comandante do Timão teria falado em uma coletiva que o grupo estava com falta de apetite por vitórias. Essa declaração não pegou nada bem com o plantel, que achou que o treinador quis passar a culpa pelo resultado negativo para o time e se isentar da responsabilidade.
“E assim… a partir do momento que você vai para a entrevista e expõe que seu time está saciado, acho que você quer dizer que seu time não tem apetite pela vitória. Não tem fome de vitória. Como assim? Minha vida se resume a vencer. Saio de casa todo dia para treinar, para tentar evoluir, porque quero vencer. Minha vida inteira foi essa competição, assim como a de todos os meus companheiros lá. A gente se cobra. A gente se olha e fala: ‘vamos, vamos, vamos’. Então, a partir do momento que você expõe, ah, porque os atletas que voltaram de lesão,ué, mas calma aí. No jogo passado tinha atletas que voltaram de lesão também que jogaram. Ganhou. Por que você não falou a mesma coisa? Então eu acho que essa linha de ganhou está tudo bom, perdeu eu vou expor um ou dois… acho que tem que ter um consenso. Ou eu vou expor mesmo, na vitória ou na derrota, ou não. Lá dentro eu resolvo meus problemas e aqui fora eu falo o politicamente correto”, finalizou.