Saiu em defesa de John Textor

O presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Rubens Lopes, saiu em defesa de John Textor, presidente do Botafogo. Em entrevista ao podcast “Mundo GV”, o mandatário da entidade afirmou que o empresário dono da SAF botafoguense merece ser ouvido pelas acusações de manipulação nas partidas do futebol brasileiro.

Foto: Vitor Silva/ Botafogo
Foto: Vitor Silva/ Botafogo

De acordo com Rubens, a imprensa e dirigentes não estão dando a devida atenção para o caso ser levado a diante. Para o presidente da Ferj, a situação que vem afetando o esporte, principalmente o futebol, e é um assunto muito sério em todo o planeta.

Afinal, as manipulações de algum jogo por aposta ou algo relacionado afeta diretamente aos clubes envolvidos nos campeonatos. Além disso, envolve ainda acusações de atletas, afastamento e até banimento do esporte. Apesar de sair em defesa de Textor, Rubens enfatizou que John Textor não se expressou direito, principalmente pela forma como abordou essa questão.

Ele também se posicionou contra a forma como o Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) agiu neste caso. Na ocasião, a entidade alegou que as provas apresentadas por Textor eram “imprestáveis” e pediu punição de seis anos e multa de R$ 2 milhões.

O que disse Rubens Lopes?

“Esse problema para mim é muito sério. Essa bola levantada pelo John é uma coisa muito séria. A manipulação de resultados é uma coisa terrível e necessita de uma cruzada, de uma reunião de forças de todas as instituições para ver se conseguimos conter essa onda que está aí cada vez mais se espalhando. Recentemente, tivemos uma ilegalidade dessas em jogo do sub-20 da terceira divisão. Um site de apostas… Primeiro tempo ia ser vencido por um time por 2 a 0 e no segundo tempo terminaria 4 a 2 para o adversário. E aconteceu. O relatório da Sportradar chamou a atenção para esse viés de apostas, depois enviou o relatório bem detalhado e não deu nada. Que se comuniquem às autoridades e eles que apurem”, apontou o presidente da Ferj.

Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

“Quando detectamos uma coisa, tomamos algumas atitudes de tirar a condição de jogo de todos os atletas que participaram daquela partida e encaminhamos para as autoridades, MP, Polícia Civil, Delegacia de Defraudações, ao judiciário desportivo… Só que o judiciário desportivo não tem a capacidade de investigar que a polícia tem. E às vezes acontecem decisões por suposições, por falta de prova concreta. O que aconteceu com o John no STJD, acredito que foi uma coisa que merecia ser revista, porque acho que fugiu da esfera legal para uma coisa pessoal”, completou.

Acredita que a causa deveria ser levada mais a sério?

Acredita que a causa deveria ser levada mais a sério?

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Após as denúncias feitas por John Textor, a Ferj contratou os serviços da empresa Good Game!, que forneceu os relatórios base para análise da documentação. De acordo com eles, clubes como Atlético Mineiro e Athletico Paranaense também demonstram interesse em utilizar a ferramenta para monitorar as decisões da arbitragem. 

As investigações da CPI da Manipulação dos Jogos e Apostas Esportivas vão se estender até o fim deste ano. A saber, desde 2020, ao todo, são 309 jogos com suspeitas de manipulação. 109 já passaram por análise.

Reação dos torcedores