A posição que mais gera dúvida na Seleção Brasileira ainda é a lateral direita. Longe do nível que a Amarelinha se acostumou, apesar da qualidade dos selecionáveis de Tite nesta região do campo, o técnico se viu obrigado a fazer adaptações para a última rodada de amistosos antes da Copa do Mundo. Ainda sem uma escalação definida, alguns torcedores esperam ver algum zagueiro atuando por esta região do campo na próxima sexta-feira (23), contra Gana.
Um dos laterais cotados para defender o Brasil na Copa do Mundo é Daniel Alves. O jogador atuou pelo Barcelona na última temporada depois de curta passagem pelo São Paulo. Ao sair da Catalunha, o jogador optou por atuar no futebol mexicano, no Pumas. Em entrevista coletiva nesta terça-feira (20), o defensor afirmou que no país onde vive hoje ele não joga em outra equipe e que a vaga no Mundial será reflexo de sua história.
"No México só no Pumas, não vou trocar por outro, se sair daqui não será para outro (no México). As pessoas estão falando mais da Copa do que de mim. Venho aqui no Pumas para fazer o melhor que posso, para trabalhar, para tentar superar as expectativas. Depois vem a Copa do Mundo. Minha história com a seleção é o que vai me fazer ser convocado ou não, não é o fato de estar no Pumas, de estar em São Paulo, de estar em Barcelona, de estar em qualquer outro lugar. É história”, afirma Daniel Alves.
Muitos fãs da Seleção Brasileira demonstram preocupação em ter Daniel Alves como titular do time na Copa do Mundo. A atuação do atleta no México de fato está longe do que os torcedores se acostumaram, mas o defensor explica a razão. Na visão do craque, a forma do Pumas jogar acaba o fazendo correr demais, o que para ele não está correto.
"Acho que é um dos lugares que mais corri, talvez eu esteja correndo muito mal porque quem corre muito é ruim, mas em cada jogo corro muitos quilômetros. Sou 'old school', sinto que quem corre muito, corre mal e eu corro muito, então eu corro mal, a gente tem que melhorar nesse aspecto, quando eu faço isso, você não tem o frescor necessário para o jogo porque você está me afogando de cansaço. Sou obcecado por futebol e sempre penso em melhorar e como ajudar meus companheiros, penso no coletivo”, explica o lateral-direito.
