A situação ofensiva do São Paulo em 2025 escancarou um contraste que salta aos olhos quando comparado ao que o clube havia apresentado nos últimos anos. O Tricolor fechou a temporada com 79 gols, um número que o recoloca entre os ataques menos produtivos do século, ficando atrás apenas das marcas de 2018 e 2019.

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O declínio fica ainda mais evidente quando colocado lado a lado com períodos recentes em que o time conseguia manter estabilidade e presença constante no setor ofensivo.
Enquanto 2022 e 2021 exibiram um São Paulo agressivo e criativo, com mais de 110 gols em cada uma dessas temporadas, o cenário atual mostra uma equipe que perdeu profundidade, mobilidade e capacidade de decisão.

Crespo tecnico do Sao Paulo durante partida contra o Vitoria no estadio Barradao pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Jhony Pinho/AGIF
A diferença também se manifesta nas temporadas mais recentes: em 2024, o clube havia alcançado 94 gols, e em 2023 foram noventa e dois, números que traduzem um ataque funcional e relativamente consistente. A queda em 2025 desmonta essa sequência e recoloca o Tricolor em um patamar que parecia superado.
Tricolor e a onda de lesões em 2025
O impacto das lesões ajuda a explicar por que o ataque atual produziu tão pouco em comparação com as campanhas anteriores. Em anos como 2022 e 2021, o elenco manteve estabilidade física e regularidade entre os principais protagonistas.
Já em 2025, o time viu Calleri, Ryan Francisco e André Silva saírem de cena por longos meses, todos vítimas de problemas graves nos joelhos. A ausência simultânea dos três principais centroavantes comprometeu a dinâmica ofensiva de forma irreversível, algo que não havia ocorrido com essa intensidade em temporadas passadas.
A comparação também expõe o quanto Lucas Moura, peça essencial na estrutura ofensiva, foi determinante para o declínio coletivo. Em anos anteriores, ele participou diretamente da construção e conclusão de jogadas, enquanto em 2025 passou quase o ano inteiro entrando e saindo do departamento médico. Sem sua continuidade, e sem alternativas do mesmo peso, o time perdeu ritmo e criatividade, algo que não tinha sido problema tão acentuado em temporadas como 2023 e 2024.
Até mesmo quem esteve mais presente não conseguiu repetir o brilho de outras fases. Luciano terminou com dezesseis gols, marca que, embora respeitável, fica abaixo do impacto que artilheiros tricolores exerceram em anos de maior produtividade. Ferreirinha, que chegou a ter bons momentos, passou longe da constância vista em temporadas melhores do clube.

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O São Paulo fecha 2025 olhando para trás e enxergando que, em temporadas muito próximas, era possível ser agressivo, competitivo e eficiente. Agora, o desafio para 2026 passa justamente por recuperar aquilo que marcou as campanhas mais fortes da década: um ataque que não só produz, mas faz o torcedor acreditar que a bola vai entrar com frequência.








