O jovem Endrick é uma das grandes revelações do futebol brasileiro nas últimas temporadas. Depois de surgir muito bem na disputa da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2022 com apenas 15 anos, o atacante passou a ganhar oportunidades com o técnico português Abel Ferreira no Palmeiras logo após completar seu 16º aniversário e assinar o primeiro contrato profissional com o Clube.
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Apesar do grande destaque com a camisa alviverde, o atacante poderia ter sido revelado em Cotia. Em entrevista à TV Gazeta, o presidente do São Paulo, Julio Casares, revelou que irá realizar uma investigação no Conselho do Tricolor para entender os motivos que levaram Endrick a ser dispensado das categorias de base do Clube.
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No último mês de dezembro, o atacante foi vendido pelo Palmeiras ao Real Madrid, da Espanha, em uma negociação que pode render até 72 milhões de euros (cerca de R$ 405 milhões). Em entrevista recente, o pai de Endrick, Douglas Ramos, revelou que pediu um emprego ao São Paulo para o filho permanecer no clube, mas recebeu uma resposta negativa.
Foto: Marcello Zambrana/AGIF - Atacante já foi vendido pelo Palmeiras ao Real Madrid, da Espanha
"Eu coloco esse tema lamentando muito. Claro que ninguém precisa culpar ninguém. Ele (Endrick) tinha 9, 10 anos quando aconteceu. O que eu quero é saber qual o tipo de protocolo que existiu na época", disse Casares. Segundo o Lance!, o São Paulo foi o primeiro time grande a monitorar o atacante, quando este ainda tinha 7 anos e atuava em Brasília (DF).
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Conforme Douglas Ramos, assim que Endrick completou 10 anos, o São Paulo ofereceu uma vaga em Cotia e ajuda de custo mensal de R$ 150. O pai do jovem recusou a oferta e pediu que o Tricolor ajudasse com o aluguel e ainda o conseguisse um emprego, o que foi negado. Sem sucesso nas conversas, Ramos procurou outras equipes, como Santos e Flamengo, até conseguir espaço no Palmeiras.
🚨🎙️ Não vamos culpar ninguém, eu só queria saber qual protocolo de avaliação foi usado, quando um jogador é dispensado tem nota de vários observadores e todos assinam, nesse caso do Endrick eu não descobri esse processo. Iremos atrás disso. - Julio Casares ao Mesa Redonda.
"Hoje o garoto que vai fazer um teste e é dispensado, ele tem uma nota de avaliação de vários observadores, se segue um protocolo para entender os motivos, o que aconteceu. É isso que queremos, não é apontar culpas, é entender o processo. No caso do Enrick não descobrimos esse processo, quem avaliou, quem autorizou, quem dispensou. Eu não quero culpar ninguém, não é esse meu objetivo. Eu só quero entender se houve esse protocolo de avaliação", explicou Casares.