Fortuna por má gestão
O Santos entrou em um ano de reconstrução em 2024. Além de ter a missão de retornar à elite do futebol brasileiro, a gestão de Marcelo Teixeira, iniciada em janeiro, também tem como prioridade ajustar as finanças do Clube.
Entretanto, o equilíbrio entre as duas frentes de ações é a tarefa mais complicada, já que, ao mesmo tempo que precisa investir para manter a competitividade, o Peixe não pode vacilar, pois corre riscos de ter problemas sobre os pagamentos.
Foi justamente o que aconteceu em gestões passadas, deixando uma herança de dívidas que impôs ao Alvinegro punições na FIFA. O problema causa uma bola de neve e um ciclo vicioso: sem pagar o que deve, a punição deixa o Clube suspenso para registrar novos atletas, o que acaba refletindo no desempenho e avanço da equipe.
Contudo, Marcelo Teixeira atacou a raiz do problema e, em cinco meses de mandato, conseguiu derrubar dois Transfer bans e foi rápido para impedir que um terceiro batesse à porta da Vila Belmiro.
Três casos emblemáticos na Vila Belmiro
Segundo apuração do portal Globo Esporte, para cancelar a punição e evitar outras, o Santos desembolsou nada menos do que R$ 30,4 milhões. Gasto mais do que necessário, pois a entidade representa o maior problema do endividamento, que superou os R$ 600 milhões.
A primeira situação sobre dívidas que foi ‘tirada da frente’ pela gestão Teixeira foi a do ex-treinador Fabían Bustos, que ficou por R$ 4,7 milhões. Vale lembrar que parcelamentos também entraram na empreitada.
Para derrubar a punição referente à compra de Christian Cueva, em 2019, que custou o acordo de parcelas para quitar os R$ 22,7 milhões devidos ao Krasnodar, da Rússia. Os dois caos citados, prejudicaram e atrasaram registros na equipe comandada pelo técnico Carille.
A última movimentação foi para se antecipar ao problema maior e evitar a intervenção da FIFA. Com os R$ 3 milhões ao Argentinos Juniors por Carabajal, que estão praticamente encaminhados.
Os três casos são rastros das negociações feitas pela gestão de Andrés Rueda, que, aliás, passa por avaliação do Conselho Deliberativo do Clube, que pode até resultar em expulsão do ex-presidente do quadro de associados.
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Mais problemas no radar
No caso de Cueva, é importante ressaltar que o contrato foi feito pelo presidente José Carlos Peres. Rueda não seguiu o acordo celebrado. No caso de Bustos, a demissão surpreendeu o treinador, agravando a situação com a revolta do técnico.
Mas, os problemas podem retornar, isso porque o Clube ainda tem casos pendentes que têm potencial para gerar Transfer Ban. Como apontou o Bolavip Brasil em recente matéria, nesta lista de preocupações estão: Soteldo, João Basso, Nathan e Jean Lucas.
Deixando as preocupações financeiras para a direção do Clube, o Peixe retorna aos gramados na próxima quarta-feira (15), para o duelo contra a Ponte Preta, no Estádio Moises Lucarelli, em Campinas, válido pela quarta rodada da Série B.