O Palmeiras foi até o Estádio Nabi Abi Chedid, no último domingo (1), e acabou derrotado, de virada, pelo placar de 2 a 1, pelo Red Bull Bragantino, em jogo válido pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A de 2023. De olho na segunda partida da semifinal da Copa Libertadores da América, diante do Boca Juniors, na próxima quinta-feira (5), o técnico Abel Ferreira surpreendeu na escalação titular. O comandante optou por escalar uma equipe inteiramente reserva diante do Massa Bruta.
- Leila Pereira afirma critica oposição do Palmeiras
- Leila Pereira comenta reforços e renovação de Abel Ferreira
Depois de sair na frente ainda no primeiro tempo, com um belo gol de Endrick, o Palmeiras sofreu a virada na etapa complementar. Com o resultado, o Verdão viu o Red Bull Bragantino assumir a vice-liderança do Brasileirão e ainda acabou ultrapassado pelo Grêmio, caindo para o quarto lugar na classificação. Logo após a partida, Abel Ferreira concedeu entrevista coletiva e desabafou em tom irônico. No confronto do final de semana, sete dos 11 titulares do Verdão eram crias das categorias de base.
Veja também
Endrick VIRA ASSUNTO em entrevista de Abel Ferreira após derrota do Palmeiras
O desabafo
“Há que valorizar o trabalho que temos feito e o que já conquistamos, além dos jogadores que jogaram hoje. Acho que qualquer dia vou ser acusado por trabalho forçado de crianças, porque eles não são maiores de idade e serei acusado por colocar moleques para trabalhar sem idade. […] Eu já disse isso: a equipe tem presente e futuro. O que o futebol não tem é, às vezes, paciência neste processo de formação. Às vezes ganhamos e às vezes aprendemos“, pontuou o comandante, que pediu calma com os garotos.
Abel Ferreira errou ao escalar reservas?
Abel Ferreira errou ao escalar reservas?
0 PESSOAS JÁ VOTARAM
O pedido de Abel com relação aos jovens
“É nos momentos difíceis que vemos quem são os jogadores que podem ter futuro ou não no nosso clube. Nos momentos de dificuldade e obstáculo é que se define o caráter de um homem, de um treinador, de um árbitro, de um jornalista, de um jogador… é nos momentos de rota. Quando ganha, não precisamos que ninguém nos faça nada, a onda leva. O problema é quando você está no fundo, aí precisa escalar. A atitude de um perdedor e a atitude de um vencedor a gente vê no caráter, seja no futebol ou na vida. Nós, felizmente, temos jogadores que sabemos o potencial, idade e margem que têm. Temos que ter um pouco de paciência e perceber que vão existir dores do crescimento durante este processo. Em um trabalho normal, eu seria impedido de utilizar dois jogadores, já que seria exploração. Não é o caso, eles amam fazer o que fazem“, acrescentou.