Emiliano Martínez x Charles. Qual o melhor custo benefício?
No futebol moderno, comparações entre negociações são uma forma frequente de avaliar a gestão e a estratégia dos clubes, especialmente quando se trata de contratações internacionais. Dois casos recentes protagonizados por gigantes do futebol paulista — Corinthians e Palmeiras — ilustram bem as diferenças de perfil, custo e expectativa em transferências envolvendo jogadores vindos do Europa. No caso do Corinthians, a contratação do volante Charles junto ao Midtjylland, da Dinamarca, custou cerca de 1,6 milhão de euros ao clube em meados de 2024
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Charles foi visto como uma peça de reforço para o meio-campo alvinegro em uma temporada de ajustes no elenco. Apesar do valor relativamente moderado para os padrões de transferências europeias, a negociação acabou desencadeando problemas extracampo quando o Corinthians atrasou o pagamento da última parcela, levando o clube dinamarquês a acionar a FIFA e resultando em uma condenação para quitação da dívida com juros e multa.
Já no início de 2025, o Palmeiras realizou uma operação bem mais cara para contratar o meio-campista uruguaio Emiliano Martínez também junto ao Midtjylland. O Verdão desembolsou cerca de US$ 7,5 milhões, valor que se aproxima de quase cinco vezes o gasto feito pelo rival paulista na contratação de Charles.
Emiliano Martínez custou 5 vezes mais ao Palmeiras do que Charles para o Corinthians
Essa diferença de valores revela muito mais do que simplesmente números no papel. Enquanto Charles chegou ao Corinthians com a missão de ser mais uma opção de combate e saída de bola no meio de campo, Emiliano Martínez foi contratado com expectativas maiores, chegando ao Palmeiras como um reforço para a construção do jogo. Porém, o uruguaio caiu de rendimento e ficou de fora da final da Libertadores sendo preterido por Abel que acabou escolhendo Bruno Fuchs para jogar improvisado no setor.
Charles custou ao Corinhians 5 vezes menos que Emiliano Martínez para o Palmeiras Foto: Joisel Amaral/AGIF
A contextualização desses dois nomes também passa pelo momento de carreira e pela projeção de cada atleta. A imprensa brasileira comentou que Martínez vinha ganhando espaço no futebol europeu e era visto como uma promessa de maior impacto, ao passo que Charles era mais uma aposta pontual de reforço para um setor específico do Corinthians. Essa diferença de percepção pode justificar, em parte, os respectivos valores envolvidos nas negociações.
Emiliano Martínez era reserva de Charles na Dinamarca
No campo esportivo, as consequências dessas escolhas também são refletidas no desempenho dos clubes e nas expectativas dos torcedores. Contratar caro não garante sucesso, assim como pagar menos não significa erro: os contextos táticos, a adaptação ao futebol brasileiro e a condição física e mental dos jogadores muitas vezes influenciam mais do que o simples valor da transferência.
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Por fim, ao olhar para esses dois casos — Charles e Emiliano Martínez — percebe-se que clubes como Corinthians e Palmeiras operam com estratégias distintas no mercado internacional, balanceando custo, necessidade tática e projeção de retorno esportivo. Em tempos de competição acirrada no futebol brasileiro, comparar essas decisões ajuda a entender como diferentes visões dentro de um mesmo mercado podem impactar diretamente nos caminhos tomados pelos clubes em suas temporadas.
