OPINIÃO: Endrick é bola da vez, com méritos, mas fardo pode exaltar ou destruir carreira da joia palmeirense

Talento fora da curva

Endrick é a bola da vez do futebol brasileiro. O jovem atacante de apenas 17 anos tem sido admirado dentro e fora do Brasil. Na última quinta-feira (16) ganhou sua primeira oportunidade de entrar em campo pela Seleção Brasileira.

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Toda admiração e elogios direcionados a Endrick não são sem razão. O jovem atacante mostrou toda a sua qualidade ao ser um dos principais, se não o principal responsável pela arrancada do Palmeiras no Campeonato Brasileiro.

A equipe alviverde vinha de uma sequência negativa, mas o atacante conseguiu ser decisivo em momentos importantes como no jogo contra o Botafogo e o Internacional. O ofensivo é o artilheiro do Verdão no Campeonato Brasileiro.

É justo dizer que Endrick é um dos melhores prospectos para ser a referência do ataque da Seleção Brasileira, e tem um grande potencial para ser um dos maiores de todos os tempos, já que demonstra um talento que é fora da curva.

Mentalidade madura

Outro detalhe é que também aparenta ter uma mentalidade madura, evitando polêmicas e como ele mesmo diz “as festas e noitadas”, situações que fizeram grandes astros, como é o caso de Neymar, se perderem pelo caminho.

Eliminatórias 2026 – Colombia vs Brasil. Fotos : Staff Images / CBF

Destaque nas bases do Palmeiras e da Seleção ganhou facilmente os olhares dos gigantes europeus que se digladiaram para garantir o jogador. O Real Madrid foi quem levou a melhor e já garantiu de forma antecipada o passe da joia alviverde.

Endrick merece todos os adjetivos positivos que lhe é conferido, mas um deles não é justo por diversos motivos, a de o “novo Pelé”.

O fardo

Pode surgir, para alguns até já surgiu jogadores, com talento comparável ao do Rei do futebol, Endrick pode tornar-se um deles, porém nenhum será maior que ele, não pelo talento, mas pela representatividade para a história do futebol mundial.

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Mas para além disso, é uma honra ser comparado ao Rei, mas é injusto pelo fardo que isto representa. Endrick terá sua própria identidade e precisa ser livre para construir o próprio legado sem a pressão de tornar-se tão especial quanto Pelé.

Elevar a meta para uma atleta tão jovem pode inspirá-lo ou matar sua carreira, já que no primeiro tropeço, na primeira má fase poderá ser execrado. Afinal, quanto maior a expectativa, maiores as chances de fracasso e frustração.

Endrick tem 17 anos, vamos dar tempo ao tempo e deixar que ele cresça e mostre ao mundo tudo que ele pode render. Que ele se inspire no grande Rei do futebol, mas que tenha a leveza de ser quem é, sem tanta pressão ou cobrança.

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