O paulista de Santo Amaro, Abner Teixeira ficou com o bronze na categoria peso pesado, até 91kg, do boxe nos Jogos Olímpicos de Tóquio, após sofrer derrota nas semifinais contra o cubano Julio La Cruz, por decisão dividida dos árbitros que assinalou 4 a 1 para o cubano.

O duelo foi válido pelas semifinais da categoria peso pesado até 91kg | Crédito: Getty Images
O duelo foi válido pelas semifinais da categoria peso pesado até 91kg | Crédito: Getty Images

Apesar de trajetória brilhante no ringue, Abner tinha um dos oponentes mais difíceis da competição, isso porque ele enfrentou o atual campeão olímpico e tetracampeão mundial amador, Julio La Cruz. Conhecendo o poder do seu adversário o brasileiro buscou fazer a luta a longa distância, mas não pode evitar receber um direto de direita do seu oponente, mesmo mantendo a guarda mais alta.

Após acertar um cruzado de direita na linha de cintura de La Cruz, Abner passou a se sentir mais confiante, conseguiu achar a distância e acertar seu adversário. O cubano sentiu o bom cruzado de esquerda aplicado pelo brasileiro, apesar disso quem conectou os melhores golpes foi o cubano que garantiu a vantagem.

Com muita habilidade La Cruz continuou fazendo uma luta mais agressiva e conectando os melhores golpes, ele aplicou alguns uppercuts, além aplicar sequências de golpes alternados na cabeça e na linha de cintura. Abner tentou reverter usando a sua potente mão esquerda, mas o cubano estava com a esquiva afiada e conseguiu se desvencilhar dos contragolpes.
O combate ficou intenso na reta final, Abner buscando reverter o resultado negativo e o cubano carimbar sua vitória. A luta foi para decisão dos juízes que determinaram vitória dividida para La Cruz, um dos árbitros assinalou a vitória para o brasileiro.

Abner conseguiu conectar bons golpes, mas cubano foi superior | Crédito: Getty Images

Abner conseguiu conectar bons golpes, mas cubano foi superior | Crédito: Getty Images

Apesar de ter garantido a medalha de bronze, Abner saiu chateado com o resultado, pois “odeia perder”, o atleta também atribuiu mérito ao seu adversário que não permitiu que ele executasse a sua estratégia durante o combate. “Ele soube usar a experiência dele bem. Eu estava me sentindo muito bem para essa luta, não tem desculpa, nem lesão, nada. Trabalhei da melhor forma possível, a luta ficou um pouco agarrada, acho que foi a estratégia dele, não estava conseguindo boxear. Ele acabou parando comigo na curta, não estava esperando. Mas mesmo sem esperar, eu estava pronto, fiz o que consegui fazer. Tentei explodir, acertar o corpo dele, minar o gás dele, mas ele acabou sendo melhor”, afirmou Abner, em entrevista ao SporTV.

A seleção brasileira tem ainda mais duas medalhas garantidas em Tóquio, com Hebert Conceição e Bia Ferreira, já classificados às semifinais em suas categorias.