Autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) pediram nesta segunda-feira 13, que os países que vão aliviar ou suspender as medidas de isolamento social o façam de forma paulatina. O diretor-geral da entidade Tedros Adhanom, também listou os critérios que devem ser seguidos para evitar um novo avanço da pandemia. "As medidas de controle de circulação devem ser tiradas lentamente e com cuidado. Não pode acontecer de uma só vez", afimou Tedros.
Durante entrevista coletiva, ele ressaltou que o Covid-19 avança muito rápido e sua desaceleração é lenta, por isso é importante que as medidas de controle sejam aliviadas aos poucos. Também mencionou que o novo coronavírus é 10 vezes mais letal que o vírus responsável pela gripe H1N1.
Nesse sentido, a OMS atualizou as recomendações estratégicas, estabelecendo seis critérios que devem ser levados em consideração pelos países que pensam em reduzir os controles.
- A transmissão local precisa estar controlada;
- O sistema de saúde deve ter a capacidade para detectar, testar, isolar e tratar cada caso, além de rastrear todos os contatos;
- Os riscos de surtos devem estar minimizados em condições especiais, como instalações de saúde e casas de repouso;
-Deve ser implementada medidas preventivas em locais de trabalho, escolas e um maior controle nas fronteiras para evitar os "casos importados";
- Os riscos de casos importados devem poder ser administrados;
- As comunidades precisam estar completamente educadas e engajadas para se ajustarem às novas normas.
As autoridades ressaltaram que o uso de máscaras não serve como alternativa à quarentena e que apoiará os países que queiram implementar medidas mais abrangentes. “Não podemos substituir o isolamento por nada. Teremos de ter esses comportamentos adaptados em termos de higiene pessoal e distanciamento físico por um longo tempo", aconselhou.
De acordo com a OMS, o número de casos confirmados de covid-19 no mundo ultrapassou a marca de 1,7 milhão e já são 119.161 mortes causadas pela doença. O Brasil registra 23.430 casos confirmados e 1.328 mortes, segundo o Ministério da Saúde.
