Campeonatos Brasileiro e Paulista da modalidade feminina, registraram números inéditos, atraindo patrocinadores e mostrando a força do futebol feminino no Brasil.
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O futebol feminino tomou grandes proporções em 2019, quando tivemos aCopa do Mundo, que contou com recordes históricos de audiência, visibilidade etorcida.
Mas aí veio2020, e logo no começo,a pandemia, que deixou todo mundo cheio de preocupaçãode que o cenário adverso pudesse frear esse ótimo crescimento da modalidade, porém, mesmo durante meses de apreensão,especialmente para os clubes de menor estruturas,o futebol foi voltando, e o engajamento da modalidade só aumentou.
Tima do Juventus, da Mooca, disputou a Série A2 do Paulistão. (Foto: Reprodução)
E agora, prestes a acabar o ano, podemos dizer que o saldo foi muito positivo, especialmente no quesito audiência, que inclusive, sempre foi um ponto questionado pelos “opositores” do futebol feminino.
Muitaspartidas do futebol feminino neste ano tiveram transmissões espalhadas por TV aberta, TV fechada, redes sociais e streaming.
O Twitter, por exemplo, já tinha parceria com o futebol feminino desde o ano passado, mas a audiência das transmissões do Brasileirãoem 2020 mais que triplicou em relação a 2019: foram mais de 5 milhões de pessoas que assistiram aos jogos neste ano, contra 1,5 milhão no anterior.
Corinthians x palmeiras pelo Brasileirão da modalidade. (Foto: Getty Images)
Outro recorde importante e impactante foidérbi paulista, entre Corinthians e Palmeiras, em partida válida pela semifinal do Brasileirão, que marcou o número de 1 milhão de visualizações únicas, além de 34 mil pessoas simultâneas. Algo inédito para a competição.
Impactos positivos:
O primeiro e mais imediato foi nas emissoras de televisão, que correram para ter o seu espaço e transmitir as finais do Brasileiro e do Paulista. Assim, o futebol feminino esteve em múltiplas plataformas, simultaneamente, se tornando mais acessível para o público e destacando o caráter democrático do esporte, esquecido por tantas vezes.
E o segundo e talvez principal impacto foi em relação aos patrocinadores, que cresceram junto com a audiência do futebol feminino. O Campeonato Brasileiro Feminino começou com apenas uma patrocinadora, a Guaraná. A marca, no entanto, não ficou “apenas” em um simples apoio e se dedicou a uma série de ações e campanhas. Resultado final: dez novas empresas passaram a dar suporte à modalidade.
“O aumento dos números de audiência nas transmissões do Brasileiro Feminino A1 só enfatiza a consolidação do futebol feminino no cenário nacional e caminha junto com a evolução da competição nos últimos anos. Pela primeira vez na história tivemos o uso do VAR, troféu de craque da partida, jogos nos grandes estádios, entre outras ações que marcam diversos ineditismos mesmo em um momento tão difícil para o futebol mundial”, destacou Aline Pellegrino, Coordenadora de Competições Femininas da CBF.
“O futebol feminino está crescendo. Então saber que o público está acompanhando essa caminhada de perto, através das transmissões e plataformas como o Twitter, é parte fundamental da construção”, completou.
Aline Pellegrino, Coordenadora de Competições Femininas da CBF. (Foto: Rodrigo Corsi/FPF)
Para 2021, podemos esperar muito mais, das equipes, atletas, emissoras, patrocinadores e claro, de nós torcedores, para incentivarmos ainda mais essa modalidade, para que siga crescendo.