O Corinthians está repleto de problemas financeiros em 2020 e, mais do que nunca, é necessário manter os pés no chão para não se complicar ainda mais. Com um déficit milionário de mais de R$ 170 milhões registrado na última temporada e agora com salários atrasados para atletas e funcionários, o Alvinegro se vê em uma situação extremamente delicada. Há urgência em focar na gestão para evitar frustrações no futuro. 

Inaugurada em 2014, Arena Corinthians consome toda a renda arrecadada pelo clube em bilheteria
Inaugurada em 2014, Arena Corinthians consome toda a renda arrecadada pelo clube em bilheteria

Gastos exagerados com a compra de jogadores, altos salários pagos para atletas que pouco atuaram no clube e, claro, a dívida contraída para a construção de sua arena contribuíram para que o Corinthians entrasse em uma situação tão frágil financeiramente. Isso tudo apenas dois anos após conquistar seu sétimo título do Campeonato Brasileiro.

Jô deve chegar ao Corinthians, mas pensar em mais reforços em meio à crise é loucura no clube. Foto: Daniel Augusto/Jr/Ag. Corinthians

Jô deve chegar ao Corinthians, mas pensar em mais reforços em meio à crise é loucura no clube. Foto: Daniel Augusto/Jr/Ag. Corinthians

Nas redes sociais, a torcida especula a contratação de reforços para o limitado elenco do técnico Tiago Nunes. O centroavante Jô está nos planos da diretoria, mas nomes como Paulinho, Renato Augusto, Alex Teixeira e Romarinho dificilmente desembarcarão em Guarulhos para assinarem com o Corinthians. Não é momento de criar mais dívidas. 

Minha pretensão não é dizer que a diretoria do Timão não precisa correr atrás de reforços, mas sim que a prioridade deve ser a manutenção da saúde financeira do clube. Vale lembrar as piadas recentes com o caso da penhora da taça do Mundial de Clubes de 2012 ou com a dívida para a empresa das marmitas - ambas famosas com os rivais.  

Recentemente, o Cruzeiro passou por um processo de endividamento e hoje faz das tripas coração para se manter. É claro que são situações diferentes, mas o exemplo da Raposa pode servir de exemplo para os gestores do Corinthians. Mais vale permanecer na elite sem um time estrelado do que se endividar e pagar muito mais caro futuro.