Abel Braga já estava na história do Internacional, reconhecido pela maioria dos torcedores como o maior técnico da história do clube. O veterano de 73 anos havia se aposentado no ofício em 2022, até que surpreendeu ao atender ao convite do diretor esportivo D’Alessandro para salvar o clube do rebaixamento.
Além de não pedir remuneração nos dois jogos em que comandou o time gaúcho, Abelão conseguiria o que para muitos era impossível: tirar o Internacional do Z-4 na última rodada, depois de cair para a 18ª posição restando apenas um jogo.
Em entrevista para o repórter Lucas Dias, o treinador deu detalhes sobre o dia especial vivido no Beira-Rio no último domingo (7), reforçando que já tinha encerrado a carreira como técnico.
“Eu já tinha recebido muitas propostas pra volta e eu dizia que já parei. Mas foi o coração que mandou. Se fosse pela cabeça, pelos pensamentos, não seria um momento totalmente propício“, decarou Abel Braga.
Abel Braga permanecerá em outra função no Internacional?
Questionado se continuará no Internacional para ocupar uma função similar à que trabalhou no Vasco até 2023 como diretor técnico, Abelão deixou o futuro em aberto.
“Todo mundo precisa também dar uma respirada“, introduziu, antes de falar sobre a possibilidade de manter a parceria com D’Alessandro. “A equipe tem um número grande de sul-americanos que sabem que ele, por ser argentino, tem a idolatria que ele conquistou aqui diante do torcedor. Mas isso não depende de mim“, pontuou.
Elogios para o time do Internacional
Abel Braga negou que o ambiente do Internacional estivesse ruim, rechaçando também um vestiário rachado no Beira-Rio. Deste modo, ressaltou a qualidade da equipe que ajudou a escapar da queda no fim-de-semana, apontando como maior problema o estado anímico e o objetivo de não permitir que o Red Bull Bragantino marcasse o primeiro gol na etapa inicial para não abalar o mental.
“No segundo tempo, a coisa soltou muito bem, foi muito legal com entrega de todo mundo taticamente. Neutralizamos o adversário. Porque é muito pouco tempo [de trabalho]”, observou.
Ao dar detalhes sobre a semana de convivência com o grupo de jogadores, fez um elogio especial para o meio-campista uruguaio Alan Rodríguez, chamando atenção para a sua versatilidade.
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“Primeiro jogo com três zagueiros [contra o São Paulo], a ideia era tentar espelhar. Agora com dois [diante do Bragantino], mas com o Alan Rodriguez com uma posição bem diferente da que ele vinha cumprindo, fazendo um balanço muito bom. O garoto é muito bom jogador pelo lado esquerdo, que praticamente ninguém esperava. O [Vágner] Mancini falou isso, o Inter tava sempre com um jogador a mais no meio e justamente por causa desse posicionamento dele“, analisou.
