A permanência do Internacional na Série A não altera o diagnóstico interno: 2025 foi um ano ruim e exige uma reconstrução profunda. As eliminações precoces na Libertadores e na Copa do Brasil, somadas ao desempenho fraco no Brasileirão, reforçaram à direção a necessidade de mudanças abrangentes no elenco para 2026. A avaliação é clara: o grupo rendeu menos do que poderia e precisa ser requalificado.

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Além do fator técnico, a reestruturação financeira é um ponto-chave no planejamento. O clube vai precisar reduzir custos, reorganizar a folha salarial e abrir espaço para reposições pontuais. Assim, a lista de prováveis saídas é extensa e envolve jogadores de diferentes perfis, desde titulares caros até jovens considerados negociáveis.
Nomes valorizados e titulares podem deixar o Beira-Rio
Entre os ativos colocados no mercado, Vitão desponta como a principal possibilidade de venda. O zagueiro, que quase se transferiu para o Real Betis em 2024, voltou a atrair atenções de gigantes nacionais como Flamengo e Palmeiras. A direção vê sua saída como uma das formas mais efetivas de fazer caixa para o próximo ano.
O plano também passa por aliviar salários altos. Rochet, Bernabei, Thiago Maia e Rafael Borré aparecem entre os nomes que podem ser negociados, seja por desempenho aquém, seja pela necessidade de reduzir custos. No caso de Bernabei, a relação com a torcida deteriorou após episódios recentes, o que facilita sua saída.
Jovens também entram na rota de negociações
O movimento de reformulação não se limita aos veteranos. Victor Gabriel, Luis Otávio e Ricardo Mathias são jovens observados por outros clubes e devem ser envolvidos em vendas ou empréstimos. A ideia é reequilibrar o elenco com mais espaço para jogadores formados no clube e reposições estratégicas no mercado.
Por outro lado, Alan Patrick, mesmo com um dos maiores salários do grupo, deve permanecer. A direção entende que seu protagonismo e importância técnica justificam a continuidade, apesar do alto custo.

Emprestados e veteranos: decisões já encaminhadas
Na lista de saídas praticamente certas estão jogadores cujo ciclo já se esgotou. Carbonero, emprestado pelo Racing, dificilmente ficará, já que o Inter não deve exercer a opção de compra. Bruno Henrique, por sua vez, não terá o contrato renovado após temporada de baixa influência técnica.
O objetivo é abrir espaço na folha e rejuvenescer setores que apresentaram queda de rendimento ao longo do ano. A ideia é reconstruir a base competitiva da equipe antes da chegada do novo comandante para 2026.
Mudanças também atingem os bastidores do clube
A reformulação não se restringe ao vestiário. A direção de futebol também pode sofrer mudanças relevantes. A saída do vice de futebol José Olavo Bisol é considerada praticamente certa, enquanto D’Alessandro, diretor esportivo, tem o cargo ameaçado após a instabilidade da temporada. O executivo André Mazzuco também não deve permanecer.

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O movimento reforça o entendimento de que a reconstrução precisa ser estrutural, e não apenas no elenco. A busca por uma nova liderança para o futebol será decisiva para o modelo de 2026.








