CBF exige que Inter pague salário a Abel
Abel Braga assumiu o Internacional na reta final do Brasileirão Betano para tentar evitar o rebaixamento e seu nome já está regularizado no BID da CBF. Mesmo disposto a trabalhar sem receber, ele esbarrou numa regra da entidade que impede a atuação de qualquer técnico sem remuneração formal registrada.
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A CBF só valida contratos quando todas as informações obrigatórias constam no sistema, incluindo o valor salarial. Sem esse item, o documento não é aprovado, o que inviabilizaria a presença do treinador no comando da equipe nas partidas decisivas.
Para contornar a situação e garantir a inscrição de Abel a tempo, o Inter decidiu registrar uma quantia mínima. A solução interna permitiu que o treinador fosse liberado para dirigir o time já no duelo contra o São Paulo, mantendo o foco total na missão de salvar o clube na reta final.
Inter pagará salário mínimo
Segundo apuração da Zero Hora, fontes jurídicas confirmaram que não existe um piso regional para treinadores no Rio Grande do Sul. Dessa forma, o Inter terá de registrar no contrato de Abel Braga o equivalente a um salário mínimo, hoje em R$ 1.518, valor necessário apenas para cumprir a regra exigida pela CBF.
Abel Braga no Maracanã. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
Por ser uma quantia meramente formal, o pagamento precisa constar no documento, conforme orienta o Sindicato dos Atletas. A reportagem da Zero Hora procurou o estafe de Abel para saber se o montante será direcionado a alguma instituição, mas não houve retorno.
Polêmica de Abel Braga
O técnico Abel Braga foi apresentado neste domingo e, em sua primeira coletiva, gerou polêmica ao citar um episódio interno envolvendo “camisas rosas”, usando a frase “Eu não quero a porra do meu time treinando de camisa rosa, parece time de veado”. Ele contou que a declaração ocorreu em conversa com D’Alessandro, enquanto falava sobre o clima do vestiário e a mobilização exigida na reta final do Brasileirão.
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Em outro momento da entrevista, Abel afirmou que a frase foi dita em tom de descontração e usada para “relaxar o grupo”. Agora, em sua oitava passagem, o treinador tenta reorganizar emocionalmente o elenco e buscar duas vitórias para afastar o Inter do risco de rebaixamento, ressaltando que queria os jogadores “fortes” para a reta decisiva.
