O movimento de clubes brasileiros em direção aos projetos das Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs) tem sido cada vez mais popular. Desde o fim do ano passado, grandes nomes nacionais como Cruzeiro, Botafogo e Vasco têm se mobilizado para buscar investidores, principalmente para conseguir encontrar estabilidade financeira em meio às graves crises que vivem. Entretanto, a prática foi criticada.

Vitor Silva/Botafogo - Gestão pré-Textor é criticada no Botafogo
Vitor Silva/Botafogo - Gestão pré-Textor é criticada no Botafogo

Isto porque o atual presidente do Athletico Paranaense, Mario Celso Petraglia, “cornetou” o processo de SAF destes clubes, incluindo o Glorioso. Assim como no caso do Cruzeiro, os cariocas foram negociados pelo montante de R$ 400 milhões, por 90% das ações do clube, que tem como principal investidor o empresário americano John Textor. Para o dirigente do Furacão, este é um valor muito baixo.

"O que estamos vendo atualmente são os clubes se entregando a investidores por preços absurdamente baixos. É o preço de um jogador”, disse o presidente athleticano, em entrevista à UmDois Esportes. “Um jogador” que ele se refere, entretanto, não gera um montante de R$ 400 milhões, como é o caso do Botafogo, todo dia. Neymar, a venda mais cara da história do futebol brasileiro, chega aos R$ 500 milhões.

Em 2013, o astro do Santos havia sido vendido ao Barcelona, da Espanha, por aproximadamente 88 milhões de euros. Na cotação atual da moeda europeia, este valor seria o equivalente a R$ 514 milhões. Outras jovens estrelas recentes, Vinícius Jr. e Rodrygo, ambos negociados com o Real Madrid, renderiam, hoje, “só" R$ 261 milhões. Para Petraglia, as SAFs são reflexo de gestões amadoras vividas pelos clubes.