A despedida a Izquierdo

Na noite da última terça-feira (27), o Nacional confirmou a morte do zagueiro Juan Izquierdo. O jogador uruguaio, de 27 anos, morreu após sofrer uma arritmia durante uma partida da Copa Libertadores.

Zagueiro segue em estado delicado. Alexandre Schneider/Getty Images.
Zagueiro segue em estado delicado. Alexandre Schneider/Getty Images.

No confronto contra o São Paulo, o defensor sofreu um mal súbito, desmaiando em campo. Ele foi socorrido por uma ambulância e ficou internado por cerca de cinco dias.

Após a confirmação da arritmia, o jogador teve uma parada cardíaca já no hospital, o que comprometeu o sistema neurológico do zagueiro. Agora, o médico da Conmebol que atendeu o jogador em campo relembrou.

O atendimento ao zagueiro

Ao GE, o médico André Pedrinelli, médico de campo oficial da Conmebol naquela partida, comentou sobre o primeiro atendimento a Izquierdo, homenageado por sua esposa. De acordo com ele, mesmo com cinco médicos em campo naquela noite, as decisões não foram fáceis.

“Tudo foi feito corretamente, de acordo com os protocolos pré-estabelecidos pela Conmebol. Antes da partida é realizado o treinamento com a equipe da ambulância para, caso fosse preciso ela entrar em campo, entrar no local correto e o mais rapidamente possível, e foi isso que aconteceu”, destacou.

A Conmebol acertou na condução do caso?

A Conmebol acertou na condução do caso?

0 PESSOAS JÁ VOTARAM

“Outro ponto que treinamos foi a comunicação com o árbitro. Ele faz um sinal apontando a emergência também, e até isso é treinado. Tudo isto agiliza a comunicação interna , que é feita via rádio, para a maior agilidade e clareza das ações”, completou ele.

O caso de Izquierdo

Pedrinelli também destacou alguns pontos mais complicados em relação ao zagueiro, que teve jogadores do São Paulo em sua despedida. “No caso do Juan tem pontos duvidosos que indicavam uma possível parada cardíaca e outros pontos que geram fatores clínicos divergentes”, disse.

“Ele teve um quadro convulsivo intenso e apresentava pulso e respiração quando entrou na ambulância. A decisão clínica não é nada fácil de ser tomada e não é questão apenas de conhecimento técnico”, explicou o médico.

“Há um fato complicador importante: o quadro convulsivo que o Juan teve. Na hora é difícil saber o que ocorre como fator inicial, se o quadro cardiológico ou o neurológico”, finalizou ele.