O Grêmio vem se movimentando no mercado da bola após conseguir retornar para a divisão de elite do futebol brasileiro. Pensando em jogar de igual para igual com os Gigantes Brasileiros nesta temporada, a diretoria já confirmou alguns reforços para 2023. Chama a atenção, inclusive, alguns jogadores estrangeiros que irão tentar contribuir com o Imortal.
Trata-se do meia argentino Franco Cristaldo, do Huracán, do volante uruguaio Felipe Carballo e um outro atleta do Uruguai com muita história no futebol mundial. O atacante Luis Suárez, que disputou quatro Copas do Mundo por sua seleção, será jogador do Tricolor Gaúcho. Aos 35 anos, ele chega após uma passagem de três meses pelo Nacional, do Uruguai, clube que o revelou.
Acontece que muitos jogadores estrangeiros já passaram pelo Grêmio. Durante sua história de 119 anos, atletas oriundos de outros países fizeram sucesso com as cores do Rei de Copas. Por isso, o Bolavip Brasil decidiu relembrar de seis atletas que já passaram pela equipe gaúcha. Confira:
1) Hugo De León - Uruguai (1981-1984)
É até hoje considerado um dos maiores jogadores da história do Grêmio. Após se destacar pelo Nacional, equipe que o revelou, após conquistar dois Campeonatos Uruguaios e uma Copa Libertadores da América (em 1980). No ano seguinte chegou ao Imortal, permanecendo durante quatro temporadas e sendo peça fundamental para as conquistas obtidas.
O zagueiro venceu o Brasileirão, do mesmo ano, o seu segundo torneio continental (o primeiro da história da equipe brasileira) e o Mundial, em 1983, em Tóquio, no Japão, em uma final disputada contra o Hamburgo, da Alemanha. No total, De León disputou 242 jogos pelo Grêmio, conseguindo 127 vitórias; 71 empates; 44 derrotas e marcando 11 gols. Até hoje, ele é idolatrado pela torcida gremista.
2) Francisco Arce - Paraguai (1995-1997)
Arce é um multicampeão pelo Imortal. Chegou em 1995 vindo do Cerro Porteño e a decisão da diretoria não poderia ser mais acertada. Especialista em bola parada e com alto rendimento em chutes de longa distância, o paraguaio não demorou para conquistar a torcida gaúcha. Em dois anos, conquistou a Copa Libertadores da América de 1995, o Campeonato Brasileiro de 1996, Recopa Sul-Americana 1996, a Copa do Brasil de 1997.
3) Catalino Rivarola - Paraguai (1995-1998)
O zagueiro foi contemporâneo de Arce em duas equipes além do Grêmio: Cerro Porteño e Palmeiras. Porém, diferente do lateral-direito, entre o o Imortal e o Clube Paraguaio, Rivarola defendeu o Talleres, da Argentina. Lá ele se destacou tanto que despertou o interesse de Luiz Felipe Scolari. No Clube de Todos ele acabou se tornando o homem de confiança do treinador do Penta.
4) Máxi López - Argentina (2009)
O argentino ficou muito conhecido pela confusão envolvendo sua ex-esposa Wanda Nara e o atacante Mauro Icardi, que era seu amigo. Porém, dentro de campo, Máxi López teve uma carreira regular atuando em times europeus como Sampdoria, Udinese, Mallorca e, claro, Barcelona. No Grêmio, apesar de não ter conquistado títulos, teve um certo destaque, sendo um dos artilheiros da equipe na Libertadores daquele ano, com quatro gols e ainda marcando o gol da vitória no Grenal Centenário.
5) Marcelo Moreno - Bolívia (2012-2015)
O boliviano naturalizado brasileiro chegou ao Grêmio do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. Na ocasião, Douglas Costa foi envolvido na negociação e foi para o Clube Europeu. Ele foi o principal artilheiro gremista no Brasileirão de 2012, mas acabou sendo expulso com apenas 43 segundos em campo, em uma partida contra o Fluminense, então líder do campeonato (que terminou como campeão) e que disputava o título com o Grêmio, por uma cotovelada em Rafael Sóbis. Ele ainda marcou o primeiro gol do estádio do Imortal, a Arena Grêmio, em um amistoso contra o Hamburgo, time que o Grêmio derrotou em 1983 quando foi campeão mundial.
6) Hernán Barcos - Argentina - (2013-2015)
Se Marcelo Moreno acabou desprestigiado no Grêmio, Barcos teve sua importância, afinal, o boliviano acabou sendo reserva a partir da chegada do argentino. Porém, Barcos fez por merecer, pois iniciou sua passagem fazendo muitos gols em seus primeiros jogos, o que fez com que a torcida o tratasse como xodó. Isso não durou muito tempo e o atacante acabou passando por uma má fase na equipe gaúcha, anotando apenas 14 gols em 57 jogos. Uma média de um gol a cada quatro partidas.
No ano seguinte, foi o artilheiro do Grêmio na temporada, líder do prêmio Chuteira de Ouro e esteve na terceira colocação do Prêmio Arthur Friedenreich, prêmio para maior artilheiro dentre as quatro principais divisões do futebol brasileiro. Foi o artilheiro da temporada brasileira, contando apenas jogadores da Série A. O Pirata entrou para a história também por ser o maior artilheiro estrangeiro do clube e o maior artilheiro da Arena do Grêmio até 2017, sendo ultrapassado pelo atacante Luan.
