Apesar do gol de Victor Cuesta no primeiro tempo, o Botafogo ficou apenas no empate com a equipe do Ceará e segue na segunda metade da tabela do Campeonato Brasileiro. A equipe venceu apenas uma partida dos últimos seis jogos e está com 25 pontos na 12ª colocação, oito pontos distante do G-6. No programa “Troca de Passes'', os comentaristas Carlos Eduardo Mansur e Sérgio Xavier Filho avaliaram a situação do Botafogo e citaram o defeito de não conseguir controlar os jogos. 

Foto: Jorge Rodrigues/AGIF - Comentarista avalia trabalho de Luís Castro e cita defeito da equipe
Foto: Jorge Rodrigues/AGIF - Comentarista avalia trabalho de Luís Castro e cita defeito da equipe

 

“As boas notícias do Botafogo são Jeffinho – já de algumas rodadas, mas ainda imaturo, faltam algumas coisas-, o Eduardo e o Lucas Fernandes, que deu consistência, chegada e velocidade. O grande problema do Botafogo, vai sofrer até o fim do ano, por isso, é que não consegue controlar o jogo. Sempre está deixando espaços, tem buraco no campo. O técnico até poderia mudar tudo, se fechar, fazer 5-4-1, mas não tem perfil para fazer isso”, disse Sérgio Xavier Filho. 

“O Botafogo vinha sendo ao longo do campeonato um time sem pausa, de sucessão de golpes e contragolpes. É curioso que o jogo com o Santos consegue estabelecer mais ritmo, controle, pausa, hoje voltou a ser time que se descontrola, vive em aceleração e precipita decisões. Hoje imaginei um jogo mais de controle, porque o início do trabalho foi de dificuldade para definir o trio de meias. Agora é a linha defensiva. Se Luís Castro tivesse encontrado um time já, seria a grande surpresa, pela quantidade de problemas que teve. Chegou a ir para linha de cinco para conter sangria, para dar estabilidade. O Botafogo era um trabalho dificílimo, uma casa sendo construída com as pessoas morando dentro, com jogadores vindo de origens distintas. Estranho seria se fosse um voo de cruzeiro”, argumentou Mansur. 

Foto: Jorge Rodrigues/AGIF - Victor Cuesta marcou o gol do Botafogo no empate com o Ceará

Foto: Jorge Rodrigues/AGIF - Victor Cuesta marcou o gol do Botafogo no empate com o Ceará

Ao todo, a equipe finalizou 11 vezes, sendo quatro delas à meta do Ceará, enquanto o time cearense chutou 16 vezes, sendo cinco delas na direção do gol do Botafogo. Após o gol marcado, o Ceará também teve mais posse de bola e tentou furar o bloqueio da defesa, até que conseguiu no início do segundo tempo com o gol de Mendoza, após cruzamento de Vina. 

“O jogo no início parecia que ia ser muito aberto, como acabou sendo o final. Com o meio despovoado. O gol de Cuesta no início condicionou o jogo, o Ceará tentou valorizar mais a bola, se instalar, com o Botafogo se defendendo e apostando em transição, mas não conseguiu. O Ceará era melhor e conseguiu o empate em um escanteio. A partir daí veio um jogo de trocação franca. No balanço, as melhores chances foram do Ceará. Luís Castro tenta Vinícius Lopes e Matheus Nascimento, que entra ansioso, instável, sob pressão, o time se desordenou mais do que se organizou para buscar a vitória. O Ceará foi encontrando espaços, teve as melhores chances, mas o 1 a 1 não chega a ser um absurdo”, completou o comentarista.