A pandemia do novo Coronavírus fez com que a maioria dos clubes brasileiros mudassem um pouco a forma de agir. Sem verba de TV e bilheteria, os dirigentessaíram do foco de ir buscar jogadorpara negociar reajustes de saláriosdo elenco.Assim, cria-se a margem para possíveis discussões, pois quando o tema é reduzir o dinheiro do seu bolso, não é fácil chegar a um denominador comum.
Uma das primeiras equipes que renegociaram os salários dos jogadores em meio à pandemia da Covid-19foi o Grêmio. Mesmo com os direitos de imagem dos atletas – refetentes aos próximos três meses -sendo postergados para 2021, o presidente Romildo Bolzanjá não descarta chamar seus atletas para fazer uma nova rodada de negociações.O montante já reduzidoequivale a, aproximadamente, de30% a 40%dos vencimentos dos atletas.
Afolha mensaldo clube, atualmente, é deR$ 12 milhões.Com oacordo de adiar o pagamento dos direitos de imagem, oGrêmioprevê umaeconomiade cerca deR$ 5 milhõespor mês, ou seja, já em maio o presidente Romildo tem cerca de R$ 7 milhões para pagar o elenco gremista.Em entrevista ao Globoesporte.com, o presidente, todavia,não descartaque um novo reajustepossa vir a acontecer a médio prazo.
“Achávamos que com o diagnóstico de três meses poderia ser suficiente. Talvez não seja. Temos que jogar francamente. Talvez não seja suficiente porque o nível de arrecadação que trabalhamos naquele primeiro momento não correspondeu ao que veio depois”,afirmou o mandatário.
“A perda está superior ao que significa nossas condições de retirada do fluxo de caixa. Situação difícil, mas o Grêmio tomou a iniciativa naquele momento como tomará outras iniciativas que poderão significar uma passagem um pouquinho dramática, mas recuperamos logo ali na frente a perspectiva de ser competitivos”, completou Romildo.
Além de combinar acertar osdireitos de imagem do elencoao longo de 2021, o Grêmio também tomou outras medidas contra a paralisação de mais de dois meses no Brasil. Suspendeu contratos de parte dosfuncionáriose suspendeu as atividades das categorias de base em maio, o que pode estender para o mês seguinte. Segundo a reportagem do jornalista Eduardo Moura, se oGauchão retornarem julho, o Imortaltem mais uma cota de R$ 3 milhões a receber por direitos de transmissão.
