O Náutico venceu o seu primeiro desafio da temporada 2022. O Alvirrubro venceu o Íbis por 3x0 na estreia pelo Campeonato Pernambucano e o clube dos Aflitos entrou em campo com metade dos jogadores formados na base do Timbu. As joias da casa fizeram valer a oportunidade entregue pelo técnico Hélio dos Anjos, e os jogadores marcaram todos os três gols da partida, sendo os dois primeiros assinalados pelo meia Juninho Carpina que, inclusive, foi considerado o destaque da partida. Para fechar o placar, o atacante Júlio marcou na parte final do segundo tempo.

Foto: Rafael Vieira/AGIF | Hélio dos Anjos escalou metade do elenco com joias da base
Foto: Rafael Vieira/AGIF | Hélio dos Anjos escalou metade do elenco com joias da base


Havia uma expectativa de que mais peças da base fossem utilizadas na estreia, em vista que a equipe não conseguiu regularizar ainda os reforços Wellington, Richard Franco, Eduardo Teixeira, Robinho e Leandro Carvalho, além de ter que lidar com o desfalque de Jean Carlos. O treinador explicou que mesmo antes dos imprevistos havia um planejamento para aproveitar os jogadores da base.  

“Nós tivemos alguns problemas e, independente deles, diante no Íbis íamos ter vários jogadores da base relacionados. Tivemos a oportunidade natural de começar com Carpina, com o Vargas, que não é da base e vem desde o ano passado, com o João Paulo, que chegou agora. E o mais importante foi a oportunidade de usar os meninos, como o Thássio, que entrou no segundo tempo e já é um jogador formado, o próprio Júlio e Kayon. Foram três jogadores que aproveitaram e fizeram um trabalho, e a questão do gol para mim é muito natural”, pontuou.

O lateral-direito Hereda, o zagueiro Rafael Ribeiro, e os meio-campistas Rhaldney e Wagninho são atletas provenientes da base, mas são considerados profissionais. O treinador afirmou que os jogadores tem a sua confiança para atuar. “Eu, sinceramente, não escolho jogo para colocar jogador da base. A partir do momento em que eles estão trabalhando comigo, vão ter condições e eu vou criar situações para eles  jogarem qualquer jogo. Você não escolhe a partida ideal para um jogador jogar. Se eu fosse olhar friamente, as partidas mais ideais são as mais difíceis. Porque se ele passar bem, se ele jogar dentro da sua naturalidade, realmente vai acrescentar muito à equipe”, justificou. 

Apesar de seu compromisso em criar oportunidades para as crias da base, Hélio demonstrou cautela, e afirmou que os jovens estão em formação e precisam cumprir todas as etapas do processo. “Agora, eu quero frisar bem. Esses jogadores passam por uma maturação. O Júlio já é, hoje, um atleta do profissional, pela idade. Já Kayon, tem 17 anos. É um jogador que assinou seu primeiro contrato com o Náutico, se não me engano, há uma semana atrás, então temos que ter muita atenção. Eu não tenho pressa, mesmo com as pessoas as pessoas sempre achando que você precisa ter dez, 15, ou 20 jogadores da base no grupo. Mas não posso ter pressa, porque se não o trabalho não vai surtir o efeito que o clube necessita”, pregou.