Na última quarta-feira (5), o Athletico venceu o Coritiba por 2 a 1, e sagrou o título de tricampeão paranaense, no Couto Pereira. No jogo de ida, o Rubro-Negro havia vencido por 1×0, na Arena da Baixada. Em uma noite repleta de golaços, emoções e provocações, Dorival Júnior conquistou mais um título estadual na história do Furacão.
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Alguns torcedores, entretanto, mostraram um ato de desumanidade nas redes sociais de Nikão, atacante do Athletico. Assim como aconteceu com Marinho, do Santos, o jogador do Furacão foi, infelizmente, mais uma vítima de racismo no futebol. Em seu Instagram, publicou uma longa declaração relatando detalhes do ocorrido.
“É inacreditável e de uma mediocridade sem tamanho o tipo de coisa que leio a cada instante nas redes sociais. As críticas sobre meu trabalho, meu futebol e as minhas performances são aceitáveis, mas infelizmente isso não acontece. Nós, pretos, não somos julgados pelo nosso desempenho, mas pela cor da nossa pele. Enquanto tratarem racismo como ‘injúria racial’ vamos continuar nessa”, disparou.
Nikão em ação pelo Furacão. (Foto: Getty Images)
Infelizmente, ataques racistas vêm ganhando cada vez mais repercussões entre torcedores. Entre brasileiros, Tinga, Daniel Alves, Roberto Carlos, Aranha, Arouca e muitos outros sofreram ameaças nos últimos anos. Nikão, por sua parte, mira sua estreia no Campeonato Brasileiro diante do Fortaleza, no sábado (8), às 19:00, no Castelão.
“É crime. Tem que ser julgado e condenado, não tem outra opção. São 520 anos de história do Brasil, e 390 de escravidão, se você não enxerga um problema aí, alguma coisa tá errada. Chega de ser julgado pela minha cor, pelo povo que eu represento. E é aquilo que o Mano Brown falou, depois que inventaram a desculpa, nunca mais morreu ninguém. Eu vou seguir lutando, e a cada partida vou seguir defendendo as cores do Athletico, e as cores do meu povo. Resistência!”, completou Nikão.