Na última quarta-feira (15), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) convocou a defesa imediata de Robinho para acompanhar o processo de homologação da sentença italiana. A urgência aconteceu após os advogados do atacante de 39 anos terem entregado o endereço onde o atleta poderia ser encontrado.

Foto: Divulgação Santos FC - Robinho reclamou de perseguição de jornalistas em sua casa, em Santos
Foto: Divulgação Santos FC - Robinho reclamou de perseguição de jornalistas em sua casa, em Santos

O Governo da Itália pede que Robinho cumpra pena de 9 anos de cadeia por estupro, cometido em 2013, crime pelo qual foi condenado por um tribunal de Milão. Na última quinta (16), o jogador foi visto em uma pelada em clube de Santos, onde tirou foto com fãs e torcedores.

Reportagem do colega Diego Garcia, do UOL Esporte, informou, nesta sexta (17), que Robinho vem reclamando estar sofrendo constrangimento da imprensa pela repercussão de seu caso. Seus advogados enviaram uma petição ao STJ em que apontam "jornalistas na porta de sua casa" há dias.

De acordo com Robinho, a "perseguição" da mídia vem causando constrangimento aos moradores do edifício onde mora, no Bairro da Aparecida, em Santos, em especial a seus filhos. A defesa do atacante ironizou o Ministério Público, que procurou o atleta em São Vicente.

Foto: Ricardo Saibun/Santos FC - Robinho foi condenado a 9 anos de prisão por estupro cometido em 2013 na Itália

Foto: Ricardo Saibun/Santos FC - Robinho foi condenado a 9 anos de prisão por estupro cometido em 2013 na Itália

"Estranha a informação prestada pelo MP, pois o endereço é publicamente conhecido", disse a defesa de Robinho em documento obtido com exclusividade pelo UOL. Obviamente que a reclamação do jogador quanto a jornalistas na porta de casa causou revolta nas redes sociais.

Robinho também pediu que o STJ exija da Itália o envio do processo inteiro (e traduzido). Os documentos foram protocolados pela nova defesa do jogador, que assumiu o caso que corre no STJ. Como de praxe, a Justiça italiana mandou apenas a sentença, junto com uma tradução juramentada.

Conforme informações da reportagem, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do STJ e responsável pelo caso, ainda não decidiu se acata o pedido de Robinho.