( Foto: Fernando Moreno/AGIF)
O América-MG entrará em campo nesta quarta-feira (6), às 19h, contra o Independiente del Valle, no Independência, em Belo Horizonte. Para o jogo de logo mais, o adversário do Coelho não poderá contar com seu técnico, Renato Paiva. Em entrevista à ESPN, o aprendiz de Pep Guardiola revelou o real motivo pelo qual ficará acompanhando de ‘longe’ a sua equipe.
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O português fez quase toda sua carreira no Benfica e ainda estagiou com Guardiola no Barcelona, mas para comandar o Del Valle precisa na competição precisa de uma licença da Conmebol para estar à beira do campo. Para ter esse documento, Renato precisa ter trabalhado em uma equipe sul-americana por cinco anos ou ter estreado na Primeira Divisão na Europa. Ou seja, ele não cumpre nenhum dos dois requisitos.
Para Renato Paiva, uma ‘medida’ dessa forma só atrasa o futebol, ele está habilitado, pois tem um trabalho há mais de 20 anos na área, mas mesmo assim terá que ficar de fora da Libertadores:“ Estou habilitado porque trabalho há 20 anos na área, fiz todos os cursos da Uefa, incluindo o Uefa Pro. Vencemos o Campeonato do Equador e conseguimos o direito de disputar a Libertadores.”
O treinador deu continuidade ressaltando o quanto a medida é retrógrada e triste, que ele está vivendo um dos momentos mais tristes de toda sua carreira: “Essa lei é retrógrada e triste. É um dos momentos mais tristes da minha trajetória enquanto treinador, porque trabalhei tanto e não posso estar perto dos meus jogadores e do campo em uma competição tão linda, devido à uma lei sem sentido. Em qualquer área você muda de país e pode exercer a profissão normalmente.”
Além de Renato, nenhum membro de sua comissão técnica poderá exercer sua função, pois nenhum atende os requisitos exigidos, Miguel Bravo, do time de juniores do Del Valle será seu representante em campo e eles trocarão ideia pelo telefone durante a partida. O treinador voltou a falar o quanto é triste essa lei, que aparentemente 20anos de trabalho não foram nada perto disso: “Queria dizer isso porque me entristece. Isso vale para mim e para os treinadores que vão para a Europa e precisam ter o direito de exercer o trabalho lá. Só ver o que Felipão, Marcelo Bielsa, Diego Simeone e Jorge Sampaoli fizeram na Europa. Fiz estagio com dois deles, Simeone e Sampaoli. Não tem que haver nacionalidade, são 20 anos do meu trabalho que não contam, e nem o que fiz ano passado no Del Valle por essa lei.” — Além do América, o Del Valle está no Grupo D, com o Atlético Mineiro e o Tolima.
