Em decorrência de todo esse problema que vem assombrando o mundo, o técnico do Palmeiras,Vanderlei Luxemburgo, hoje em dia mantém contato com os jogadores só por videoconferência. E foi graças à essa tecnologia que o treinador concedeu entrevista exclusiva aoEstadãopara comentar sobre o período dequarentenae a expectativa de retorno dos jogos no Brasil. Para o treinador, o futebol só deve voltar a ser praticado com autorização dos órgãos de saúde.
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O comandanteentrouna polêmica que toma conta dos EUA e se espalha pelo mundo sobreracismo, e diz que no futebol, sua área, há muitas provocações e que elas deveriam ser deixadas de lado. Além disso,acredita que o retorno à pratica deveria ser unificado em todo o País, para evitar assim vantagens para os clubes que já retomaram os treinamentos.
Luxemburgo criou polêmica ao dar sua opinião sobre situação envolvendo o racismo – Foto: Cesar Greco/Palmeiras.
-Temos de nos adaptar às coisas, é uma realidade. O treinamento virtual tem sido muito bom. Demos um programa para eles treinarem durante essa paralisação, para todos se manterem em atividade. Os jogadores treinam forte, três vezes por semana. Só que está se tornando cansativo. Eles estão cansados de ficar em casa treinando em uma sala, na varanda. Agora, tem de começar a mudar.
– Você treinar em uma varanda de dez metros e em um campo é muito diferente. Acho que vai fazer uma diferença, sim. Vamos ter de antecipar etapas. Acima de tudo, estamos lidando com vidas, com seres humanos. Pessoas podem morrer. Não é uma coisa normal. A decisão tem de ser tomada em conjunto e a prevenção, feita em conjunto também – afirmou o técnico,criandopolêmica ao citar a questão do racismo.
Luxemburgo foi infeliz na declaração?
Luxemburgo foi infeliz na declaração?
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-Essa questão aflorou muito nos Estados Unidos. É uma discussão bem doida para se chegar ao consenso. O que houve lá foi brutal, foi uma covardia. Aqui no Brasil existem algumas situações. Mas eu vejo em algumas situações que se tratam como racismo o que é totalmente desnecessário se tratar como racismo. Isso o que aconteceu é racismo. Existiu uma ira, uma raiva. Da mesma forma como morreu, morre muito branco também de formas agressivas, de sacrificar. É complicado, muito complexo. Eu discuto muito no futebol, que é a minha área. Acho que os atos deracismo no futebolsão provocados e eu achava que deveriam ser deixado de lado. Dão muito prestígio, muito moral à maneira como se trata o racismo no futebol. Nada mais é do que uma bobagem, ao meu ver. Aquilo, sim, que o cara fez (nos Estados Unidos) é racismo puro. Mas no futebol o cara brincar com o outro, gozar o outro para desestabilizar o camarada, dizer que aquilo ali é ato de racismo, não sei. Mas é uma discussão longa.