Dono de oito títulos nas últimas 10 edições do Campeonato Chinês, o Guangzhou FC é mais um clube no país que corre o risco de ir à falência. A equipe dos brasileiros Ricardo Goulart, Aloísio "Boi Bandido", Alan, Fernandinho Conceição e Elkeson tem como principal acionista a Evergrande, empresa do ramo imobiliário que tem dívida de US$ 300 bilhões (mais de R$ 1,3 trilhão) e provoca danos no mercado global com um possível calote.

Mauro Horita/AGIF
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Os cinco são naturalizados chineses. Alan, Aloísio e Elkeson estão a serviço da seleção chinesa, que treina para as próximas rodadas das eliminatórias asiáticas para a Copa do Mundo. A incerteza sobre o futuro do Guangzhou é ainda maior porque a Superliga Chinesa está em recesso há mais de um mês. De acordo com o colega Jorge Nicola, em seu vídeo nesta quarta-feira (22), os atletas estão tranquilos em relação aos salários até o final do ano, prometidos pelo clube asiático, mas a situação muda para 2022. 

Goulart fez história no Cruzeiro bi brasileiro em 2013 e 2014 (Foto: Mauro Horita/AGIF)

Goulart fez história no Cruzeiro bi brasileiro em 2013 e 2014 (Foto: Mauro Horita/AGIF)

Segundo o portal “GZH”, é bem provável que o quinteto de brasileiros seja liberado em breve. Todos eles ficariam sem contrato se o clube chinês interromper suas atividades, a exemplo do que aconteceu no ano passado com Alex Teixeira, Éder e Miranda no Jiangsu Suning, que encerrou as atividades em fevereiro deste ano, dois meses depois de conquistar o título chinês. 

Goulart tem contrato na China até 2023, mas o próprio atacante de 30 anos revelou, em março, que pretende retornar ao Brasil. Ele acompanha frequentemente o Cruzeiro, clube onde foi bicampeão brasileiro (2013 e 2014). No Palmeiras, o jogador foi contratado em 2019, mas ficou apenas cinco meses e retornou à China. Vale lembrar que, até o momento, não há nenhuma sinalização da Raposa para tentar "repatriar" o atleta. 

Mesmo diante do colapso da Evergrande, há possibilidades para que o Guangzhou FC siga em atividade. A imprensa chinesa diz que outras empresas estatais podem assumir o clube. No entanto, é improvável que o aporte financeiro siga comparável ao período de gestão do companhia de construção civil.