O futebol do Estadovolta esta semana com as últimas duas rodadas da fase inicial do Campeonato Paulista e não poderia voltar de maneira mais intensa, pois a bola volta a rolar com o tradicional Derby. Na Arena Corinthians, Palmeiras e o rival citadino se encontram em um cenário de muito mistério e clima de muitas mudanças no ar do Palestra Itália.
Além do habitual peso que sempre envolve o duelo, o desta quarta-feira (22) vem com elementos inéditos, como o primeiro Derby com portões fechados na história e toda a ansiedade do reencontro com o Palmeiras da retomada.
A luta aguarda o Alviverde com uma formação diferente da apresentada no último jogo antes da paralisação por conta da pandemia do novo Coronavírus, no empate sem gols contra a Inter de Limeira. Naquele 14 de março,Marcos Rocha foi expulso. Suspenso, abre vaga para a lateral direita, que deve ser ocupada por Gabriel Menino. Embora volante de formação, o camisa 25 tem experiência em jogar por este setor do gramado. Vanderlei Luxemburgonão apenas já o utilizou como lateral (3 jogos)como também incentiva tais planos para Gabriel.
A zaga é mantida pelo Profexômeio que pelos ventos do destino: Gustavo Gómez jogaria, mas sem acordo contratual em um imbróglio com a Federação Paulista, está fora dos dois jogos da fase inicial. Com Vitor Hugo em sua vaga, Luxemburgo segue sua saga em lapidar Felipe Mello como zagueiro.
No meio, começam os dilemas, mistérios e dúvidas para Luxa. Bruno Henrique e Ramires dividem a meia cancha, mas como meia avançado, Rafael Veiga, Zé Rafael e Lucas Lima são apostas que aparecem na escalação de muitos que observam como será montado o quebra-cabeças palestrino.
Na última partida pré-pandemia, Zé Rafael atuou no segundo tempoe, embora o Palmeiras brecou na retrancado adversário, o meia conferiu mais ofensividade à equipe, dentro da aposta do treinador de aproveitá-lo como um elemento que defende mais o meio de campo e parte para o ataque distribuindo a jogada.
A dúvida reside no fato de que Raphael Veiga também foi muito elogiado pelo treinador no começo da temporada, inclusive com elogios de “imprescindível”. Em uma conversa com Luxa, Veiga afirmou que se sentiria melhor atuando pelo meio, contudo, nos treinamentos, o novo posicionamento passou por ajustes e a coisa avançou! Na virada contra o Mirassol, ele foi autor de um dos gols.
Com um postura mais ativa neste 2020, Lucas Lima também pode aparecer nessa posição, pois nas preparações da quarentena foi sinalizado que Luxa conta com ele e, assim, a confiança no meia-atacante segue renovada.
No entanto, após o efeito dominó que tirou ou pode tirar jogadores do clássico, o setor mais enigmático no Palmeiras é o ataque. Com a despedida de Dudu, o Palestra já se arrumava com a escalação de Rony. Entretanto o clube ainda espera efeito suspensivo – até as 17h desta quarta -para a punição imposta pela Fifa.
Até aí tudo sob controle, só que não. O jovem Gabriel Veron, que entrariaem uma possível ausência de Rony, sofreu lesão nesta terça-feira (21) e está fora do clássico. Como a imprensa não pôde acompanhar a movimentação, as informações ainda são desencontradas, mas sabe-se que a contusão foi de natureza muscular.
O que se sabe é que Williane LuizAdriano estarão no ataque e Gustavo Scarpa ganha chance no time titular. Isto é, se Rony não puder atuar.
O fato é que o Palmeiras que retoma sua jornada terá que mudar sua postura e sua característica em campo. Com Dudu, as estratégias sempre exigiram uma certa sobrecarga no camisa 7, pois seu jogo de velocidade e agressivo era talvez a única arma do time.
A realidade agora pede um meio de campo que crie e aprimore o toque de bola. Já não pertencem mais ao Alviverde jogadas de ligação direta dependentes do talento individual de um ídolo repleto de recordes e números expressivos. Com tantos experimentos e aprimoramentos que urgem na Academia, a torcida palestrina aguarda ansiosamente mais uma construção do Luxa estrategistas.
PITACO DA ESCALAÇÃO PARA O DERBY:
