O retorno do Campeonato Carioca em meio à pandemia da Covid-19 é um dos assuntos mais polêmicos e comentados no Brasil. A partida que marcará o retorno da competição acontece na noite desta quinta-feira (18), no Maracanã. Bangu e Flamengo se enfrentam na primeira partida do futebol brasileiro após a paralisação devido o novo Coronavírus.
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Desde o início da pandemia, Botafogo e Fluminense se manifestaram publicamente sobre o retorno do futebol. Os rivais se uniram contra qualquer tipo de precipitação que coloque a saúde dos atletas em risco. Com a volta oficial do Carioca, o Glorioso decidiu tomar uma medida no Tribunal de Justiça Desportivo do Rio de Janeiro (TJD-RJ).
O ex-presidente e atual membro do Conselho Gestor de futebol, Carlos Augusto Montenegro, confirmou à reportagem da “Super Rádio Tupi”que entrou com uma medida no TJD-RJ requerendo liminarmente o prazo de dez dias contados a partir do próximo sábado (20), data da reapresentação do elenco, para treinamentos antes da obrigatoriedade de retomada no Campeonato Carioca.
Montenegro em ação. (Foto:Vítor Silva/Botafogo)
“Estamos pedindo que a gente tenha pelo menos 10 dias para treinar, inclusive o Prefeito não tem alçada em cima da Federação, mas disse que tem todo o direito do Botafogo jogar em julho. Todo mundo de bom senso entende nossa posição, mas, se tiver birra, coisinha de passado, aí não entende nenhuma situação. Jogamos abertamente e tentamos um acordo na reunião da última terça-feira e não conseguimos. Vida que segue. O Botafogo não vai entrar em campo se as datas forem 22 e 25. Não vai ter jogo. Eles podem fazer o que quiser”, declarou.
A Federação de Futebol do Rio de Janeiro havia marcado a partida do Glorioso contra a Cabofriense, na próxima segunda-feira (22), 17h30, no Estádio Nilton Santos. A revolta do Botafogo surgiu da decisão tomada pela Ferj sem que o clube tenha decidido entrar ou não em campo.De acordo com o jornalista Thiago Veras, da “Super Rádio Tupi”, o TJD-RJ negou os pedidos feitos por Botafogo e Fluminense, ou seja, as datas dos jogos foram mantidas.
“O corpo de juristas do clube aconselhou a gente a entrar na Justiça. Essas coisas são políticas, o TJD pode ter uma sensibilidade e entender o absurdo que está se fazendo de obrigar alguém a jogar com um dia de treinamento. Nada me obrigava a treinar antes, podem entender que a gente está numa pandemia, podem entender que a gente tem que resguardar nossos funcionários, por que se acontecer alguma coisa, não será a Federação punida, mas sim o clube”, finalizou.